Solenidade de Todos os Santos

“Os Santos, tendo atingido, pela multiforme graça de Deus, a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no Céu o louvor perfeito e intercedem por nós. A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e imploram pelos seus méritos as bênçãos de Deus. Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar”. (Constituição sobre a Sagrada Liturgia).

A lª leitura é do Apocalipse de São João. É uma visão do Céu, onde aparecem os Santos da antiga Aliança em número simbólico de cento e quarenta e quatro mil e depois uma multidão imensa que ninguém podia contar, vindos de todas as nações, todos eles remidos pelo sangue do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.

A 2ª leitura é da Primeira Epístola de São João. 0 cristão, na sua realidade concreta de indivíduo, já está em comunhão com o Pai e o Filho, pelo facto de ser já agora filho de Deus. Essa nossa esperança abre para a revelação total daquilo que já somos quando pudermos ver a Deus face a face na glória celeste.

O Evangelho é segundo São Mateus. São as Bem-Aventuranças. São santos os que percorrem o itinerário de santidade assinalado nas Bem-Aventuranças. Os Santos realizaram na sua vida o programa do reino de Deus ali assinalado para todos. Eles foram como Jesus pobres em espírito. Esta é a primeira bem-aventurança que possibilita a prática das outras. Completamente esvaziados do seu próprio eu, estiveram totalmente disponíveis diante de Deus, para fazer frutificar os seus dons e talentos. Eles foram cristãos verdadeiros num caminhar contínuo, sem parar nem se desviar, como homens e mulheres conduzidos pelo Espírito, que nos transforma em imagem de Cristo, se nós colaborarmos.