Primeiro Domingo do Advento
3 de dezembro de 2023
O TEMPO DO ADVENTO
O tempo do Advento tem dupla característica: é tempo de preparação para a solenidade do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus aos homens; simultaneamente é tempo em que, comemorando esta primeira vinda, o nosso espírito se dirige para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por estes dois motivos, o Advento apresenta-se-nos como um tempo de piedosa e alegre expectativa.
Neste domingo começa o tempo do Advento, momento forte do ritmo cristão e do ano litúrgico. É a preparação imediata do Natal. Velando em oração, colocamo-nos, pela fé, entre a celebração litúrgica da primeira vinda do Senhor, já realizada, e a esperança da sua vinda definitiva; mas, em atitude dinâmica, trabalhando pelo Reino de Deus neste tempo de graça que é o presente, o agora. Na verdade, o “hoje” da salvação constitui também um perene advento ou vinda do Senhor nos acontecimentos pessoais, familiares, eclesiais e sociais de cada dia.
A 1ª leitura é do profeta Isaías. É uma queixa colectiva repassada de esperança. Nela se reconhece que a triste situação do povo é o justo castigo dos seus pecados. Reconhece-se que é impossível voltar para Deus, se o próprio Deus não tomar a iniciativa. Daí a comovente e confiante súplica a Deus para que volte, e volte como pai e redentor.
A 2ª leitura é da Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios. Chamados por Deus a participar da vida de Cristo, Filho de Deus, incorporados n’Ele como seus membros, fomos enriquecidos de todos os dons. Mas a nossa fé, para se manter sólida e a nossa vida para se tornar irrepreensível exigem uma atitude de combate. A fidelidade de Deus está assegurada.
O Evangelho é segundo S. Marcos. Da parábola do porteiro, que pertence ao grupo das parábolas da última vinda de Jesus, conclui-se que a nossa vigilância tem de ser activa e constante, porque não conhecemos o momento da vinda do Senhor. É o único meio de vencer a sonolência e o cansaço que nos invadem durante o tempo de espera.
Os comentários aqui publicados foram solicitados, para a página da Secção de Música Sacra do Santuário de Fátima, pelo P. Artur Oliveira ao P. Manuel da Silva Gaspar, a quem se agradece a resposta solícita e amável que deu a esse pedido.
Convidamos também a abrir o SITE https://www.liturgia.pt/ onde, além de informações e materiais preciosos, incluindo publicações diversas, encontra as leituras bíblicas, orações e referências históricas para cada dia do Ano Litúrgico, nomeadamente o Martirológio. HOJE
Os botões com os títulos dos cânticos propostos a seguir estão ligados às respetivas partituras – em formato PDF – que incluem uma versão instrumental das respetivas melodias. Para quaisquer dúvidas, comentários ou pedidos, não hesite em contactar o titular do site, utilizando este formulário.
Programa
Cânticos
Autores
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano B – págs. 10-13
Observação
Para o Ordinário da Missa aconselha-se o uso dos cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL], publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019), e do Ordinário da Missa (SNL)
1. Acto penitencial – 11 a 26
2. Glória – 27 a 31
3. Aleluia – 44 a 57
4. Santo – 89 a 97
5. Cordeiro de deus – 114 a 123
Proposta complementar de cânticos para este domingo com base apenas no Cantoral Nacional para a Liturgia (CNL)
Entrada |
Salmo Responsorial |
Comunhão |
Pós-Comunhão |
A Vós, Senhor, elevo |
Ó Céus do alto rociai |
Ó nuvens chovei – Desça o orvalho |
Senhor, nosso Deus |
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano B |
O Senhor nos dará a felicidade |
O Senhor nosso Deus virá |
Vinde, Senhor e salvai-nos |
Vinde, vinde, não tardeis |
161 |
673 |
346 |
M. Luís |
págs. 10-13 |
738 |
739 |
1009 |
1013 |
A título de curiosidade, e também para conhecimento e apreciação, mantemos aqui as páginas do Missal Quotidiano e Vesperal, publicado em Bruges, na Bélgica, em 1936, referentes a esta quadra do Ano Litúrgico (ou, como então se dizia, do Ano Eclesiástico, da Igreja).
Conhecer o passado ajuda a situar-nos no presente e a perspetivar o futuro…
PREFÁCIO
Nas vossas orações, dizei: «Pae» (Luc. xi). É nome dado em toda a eternidade por Deus-Filho a seu Pae, nome pronunciado por Jesus, a todo instante, com respeito e amor, que Elle repete silenciosamente no Sacramento do altar, e que encontramos incessantemente nos labios da Egreja, sua Esposa.
«Recebestes o espirito de adopção de filhos, segundo o qual exclamamos: «Abba, Pater» (Rom. Viii, 16).
De facto, transbordando do Verbo na santa Humanidade do Christo e na Egreja, o Espirito-Santo nos arrebata a todos como em ondas de amor, até ao Pae.
Essa fonte d’agua viva que jorra dos nossos corações até á vida eterna, (S. Joan., iv, 14) representa sem duvida, a oração privada, inspirada pelo Espirito-Santo, fazendo-nos recorrer a Deus como filhos a seu Pae, mas é principalmente a oração oficial inspirada pelo Espirito Santo á sua Egreja e denominada Liturgia (Palavra derivada do Grego, significando «acto publico»).
Essa oração faz com que authenticamente todos os membros do corpo mystico do Christo participem do culto de adoração infinita prestado continuamente pelo seu Chefe a Deus: «Semper vivens ad interpellandum pro nobis » diz o Apostolo (Hebr. vii, 26).
E’ a realização da palavra do Mestre: «Já é chegada a hora em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pae em espirito e verdade » (Joan. iv, 23.-7), isto é, como explica Santo Anselmo, prestarão a Deus culto filial no Espirito-Santo e em união com o Christo Filho de Deus.
E’ por Elle (Jesus), diz S. Paulo, que ascendemos num só e mesmo Espirito junto ao Pae (Ephes. II, 18). Todas as formulas propriamente sacerdotaes ditas no altar pelo celebrante (Collectas, Secretas, Prefacio e Postconununhões) dirigem-se ao Pae pelo Filho mediador, em unidade com o Espirito-Santo. De modo que, sob o impulso da graça attribuida ao Espirito-Santo, nos unimos ao Christo como Homem, isto é, como Sacerdote ou Mediador, para honrarmos o Pae em quem implicitamente, se encontra a Santissima Trindade, visto d’Elle procederem o Filho e o Espirito-Santo.
E’ «pelo Christo que vamos a Deus» (II Cor.). Dahi a conclusão de todas as orações da Egreja: «Por Jesus-Christo Nosso-Senhor… e a terminação do Canon da Missa pela formula: «E’ por Elle, com Elle e n’Elle que toda honra e gloria vos pertencem, Deus Pae todo-poderoso, em unidade com o Espirito-Santo por todos os seculos dos seculos».
O Christo operou nossa redempção pelo acto sacrificai da Cruz,
Continuar a ler: [Anexo, p-5)
Pode encontrar outros cânticos no site
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