Terceiro Domingo do Advento

17 de dezembro de 2023

A mensagem bíblico-litúrgica de hoje estimula a comunidade eclesial e os seus membros para o seguimento, anúncio e testemunho alegres de Cristo, para que Jesus não seja o grande desconhecido do tempo atual. A alegria proclamada neste terceiro Domingo do Advento não é a alegria superficial e mundana de um Natal já próximo e comercializado habilmente por uma sociedade consumista, mas o facto de saber que Cristo já está no meio de nós, mesmo que O não conheçamos nem testemunhemos suficientemente. O testemunho da alegria cristã é necessário hoje mais do que nunca na nossa sociedade em crise de valores. A única realidade que pode vencer a insatisfação profunda do homem de hoje é o testemunho pessoal e comunitário da alegria e esperança oxigenantes, fundado na fé em Cristo libertador, vivo e presente entre os homens que sofrem por qualquer motivo.

A 1ª leitura é do Livro do profeta Isaías. É o anúncio de uma mensagem de paz e de libertação para os infelizes e da misericórdia do Senhor. Jesus anunciará solenemente que essa Escritura se realiza n’Ele. 0 profeta conclui descrevendo a alegria que goza a comunidade que tem a salvação de Deus.

A 2ª leitura é da Primeira Epístola de São Paulo aos Tessalonicenses. O Apóstolo convida-nos à alegria. Os inquéritos atuais mostram elevadas percentagens de desencanto e desilusão entre jovens e adultos na sociedade em que vivemos. Todo este desencanto cria tristeza, depressão, mal-estar, ansiedade e angústia, isto é, os pólos opostos à alegria de viver. Esta leitura diz-nos onde nasce a verdadeira alegria. Antes de mais nasce da oração; depois nasce da abertura do coração aos impulsos do Espírito Santo e finalmente de uma vida moral irrepreensível.

0 Evangelho é de São João. 0 Precursor dá um testemunho esplêndido a favor de Jesus, o Messias que vem, como resposta à pergunta que lhe foi feita: Tu, quem és? “No meio de vós há Alguém que não conheceis e que é mais do que eu”. Tal como João Baptista expressou entusiasmo pela presença e ação de Cristo, o Messias, também o cristão pode dizer, cheio de alegria e de fé diante dos homens: Estou radiante de alegria porque Cristo está comigo; é necessário que Ele cresça e eu diminua.

Os comentários aqui publicados foram solicitados, para a página da Secção de Música Sacra do Santuário de Fátima, pelo P. Artur Oliveira ao P. Manuel da Silva Gaspar, a quem se agradece a resposta solícita e amável que deu a esse pedido.

Convidamos também a abrir o SITE https://www.liturgia.pt/ onde, além de informações e materiais preciosos, incluindo publicações diversas, encontra as leituras bíblicas, orações e referências históricas para cada dia do Ano Litúrgico, nomeadamente o Martirológio. HOJE

Os botões com os títulos dos cânticos propostos a seguir estão ligados às respetivas partituras – em formato PDF – que incluem uma versão instrumental das respetivas melodias. Para quaisquer dúvidas, comentários ou pedidos, não hesite em contactar o titular do site, utilizando este formulário.

Programa

Cânticos

Autores

Cântico de Entrada

A. Oliveira

Salmo responsorial

M. Luís

Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano B – págs. 18-20

Comunhão

A. Oliveira

Observação

Para o Ordinário da Missa aconselha-se o uso dos cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL], publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019), e do Ordinário da Missa (SNL):

1. Acto penitencial – 11 a 26
2. Glória – 27 a 31
3. Aclamação do Evangelho – 44 a 57
4. Santo – 89 a 97
5. Cordeiro de deus – 114 a 123

Oração Universal

Vinde, Senhor, e salvai-nos
Ouvi-nos, Senhor
Vinde, Senhor Jesus
COM 180
COM 179
COM 180

Proposta complementar de cânticos para este domingo com base apenas no Cantoral Nacional para a Liturgia (CNL)

Entrada
Salmo Responsorial
Comunhão
Pós-Comunhão
Alegrai-vos no Senhor
Alegra-te, Jerusalém
Abri as portas ao Redentor
A minha alma exulta no Senhor
Dizei ao desanimados
Estai preparados
Vinde a nós, Senhor Jesus
O Senhor vem e não tardará
Este é Aquele de quem João dizia
187
193
169
M. Luís
374
427.428
998
747
429

A título de curiosidade, e também para conhecimento e apreciação, reproduzimos aqui as páginas do Missal Quotidiano e Vesperal, publicado em Bruges, na Bélgica, em 1936, referentes a esta quadra do Ano Litúrgico (ou, como então se dizia, do Ano Eclesiástico, da Igreja).

Conhecer o passado ajuda a situar-nos no presente e a perspetivar o futuro…

PREFÁCIO

Nas vossas orações, dizei: «Pae» (Luc. xi). É nome dado em toda a eternidade por Deus-Filho a seu Pae, nome pronunciado por Jesus, a todo instante, com respeito e amor, que Elle repete silenciosamente no Sacramento do altar, e que encontramos inces­santemente nos labios da Egreja, sua Esposa.

«Recebestes o espirito de adopção de filhos, segundo o qual exclamamos: «Abba, Pater» (Rom. Viii, 16).

De facto, transbordando do Verbo na santa Humanidade do Christo e na Egreja, o Espirito-Santo nos arrebata a todos como em ondas de amor, até ao Pae.

Essa fonte d’agua viva que jorra dos nossos corações até á vida eterna, (S. Joan., iv, 14) representa sem duvida, a oração privada, inspirada pelo Espirito-Santo, fazendo-nos recorrer a Deus como filhos a seu Pae, mas é principalmente a oração oficial inspirada pelo Espirito ­Santo á sua Egreja e denominada Liturgia (Palavra derivada do Grego, significando «acto publico»).

Essa oração faz com que authenticamente todos os membros do corpo mystico do Christo participem do culto de adoração infi­nita prestado continuamente pelo seu Chefe a Deus: «Semper vivens ad interpellandum pro nobis » diz o Apostolo (Hebr. vii, 26).

E’ a realização da palavra do Mestre: «Já é chegada a hora em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pae em espirito e verdade » (Joan. iv, 23.-7), isto é, como explica Santo Anselmo, prestarão a Deus culto filial no Espirito-Santo e em união com o Christo Filho de Deus.

E’ por Elle (Jesus), diz S. Paulo, que ascendemos num só e mesmo Espirito junto ao Pae (Ephes. II, 18). Todas as formulas propriamente sacerdotaes ditas no altar pelo celebrante (Collectas, Secretas, Pre­facio e Postconununhões) dirigem-se ao Pae pelo Filho mediador, em unidade com o Espirito-Santo. De modo que, sob o impulso da graça attribuida ao Espirito-Santo, nos unimos ao Christo como Homem, isto é, como Sacerdote ou Mediador, para honrarmos o Pae em quem implicitamente, se encontra a Santissima Trindade, visto d’Elle procederem o Filho e o Espirito-Santo.

E’ «pelo Christo que vamos a Deus» (II Cor.). Dahi a conclusão de todas as orações da Egreja: «Por Jesus-Christo Nosso-Senhor… e a terminação do Canon da Missa pela formula: «E’ por Elle, com Elle e n’Elle que toda honra e gloria vos pertencem, Deus Pae todo-poderoso, em unidade com o Espirito-Santo por todos os seculos dos seculos».

O Christo operou nossa redempção pelo acto sacrificai da Cruz,

Continuar a ler: [Anexo, p-5]

Pode encontrar outros cânticos no site

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