Mosteiro de São Bento | Subiaco (Lácio - Itália) - Igreja Superior (Fotografia de Antonio Grella)

S. Bento, Abade - Padroeiro da Europa

11 de julho de 2025

S. Bento, o patriarca dos monges do Ocidente, é comparado com Abraão, o pai dos crentes, porque Deus o abençoou também com uma posteridade mais numerosa que as areias do mar e as estrelas do céu. Nascido em Núrsia da Umbria, Itália, pelo ano de 480, de família nobre, consagrou-se aos estudos em Roma; depressa, contudo, abandonou esta cidade por causa da imoralidade reinante entre os seus condiscípulos, e refugiou-se, primeiro em Enfide, aldeia da Sabina, e depois numa caverna existente no vale do Aniene, perto de Subiaco, onde se votou à oração e à penitência. Descrevendo a fecundidade deste retiro, pôde alguém dizer:
«O que de lá saiu pela graça de Deus é maior que a azinheira frondosa originada na semente que lança uma criança à borda do caminho; maior e mais duradoiro que tudo o que realizaram o génio e a espada; depois da árvore da cruz, Deus não plantou na terra nada tão magnífico e que tenha produzido tantos frutos. No mundo não havia senão as forças destruidoras. Deus lançou entre os penhascos aquele jovem desconhecido, aquele menino de tudo desprovido, para tomar como esposa e dela gerar uma raça de heróis que a tudo haviam de resistir, tudo venceriam e tudo restaurariam. Aquela gruta era o abrigo da civilização. Tudo se mantinha em germe invisível no interior das rochas de Subiaco. Lá se iria formar o grande Seminário de Cristo, viveiro de Bispos, de Papas, de civilizações, de doutores e de mestres do mundo».

Este é o primeiro parágrafo da breve biografia de São Bento, extraído do II volume da obra «Santos de cada dia – Maio, junho, julho e agosto», que aqui transcrevemos, com a devida vénia. Pode ler integralmente a sua história ao fundo desta página ou na obra publicada pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 315-317).

Liturgia das Horas

Convidamos também a abrir o SITE https://www.liturgia.pt/ onde, além de informações e materiais preciosos, incluindo publicações diversas, encontra as leituras bíblicas, orações e referências históricas para cada dia do Ano Litúrgico, nomeadamente o Martirológio. HOJE

Os botões com os títulos dos cânticos propostos a seguir estão ligados às respetivas partituras – em formato PDF – que incluem uma versão instrumental das respetivas melodias. Para quaisquer dúvidas, comentários ou pedidos, não hesite em contactar o titular do siteutilizando este formulário.

Programa

Cânticos

Autor

Cântico de Entrada

A. Oliveira

Salmo responsorial

A. Oliveira

A. Oliveira

Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano B – pags. 222-231; C – 75

Comunhão

A. Oliveira

Pós-comunhão

A. Oliveira

Observação

Para o Ordinário da Missa aconselham-se os cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL],
publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019), e os Cânticos do Ordinário da Missa (SNL):

  1. Acto penitencial – números 11-26
  2. Glória – números 27-31
  3. Aleluia – números 44-57
  4. Santo – números 89-97
  5. Cordeiro de Deus – números 114-123.

Oração Universal

[246]

Proposta complementar de cânticos para este domingo com base apenas no Cantoral Nacional para a Liturgia (CNL)

Entrada
 
Salmo Responsorial
  
Comunhão
  
Pós-Comunhão
 
Fiz de ti a luz das nações
Os povos Vos louvem
Em todo o tempo e lugar
Saboreai e vede
Os povos proclamam a sabedoria dos santos
Bem-aventurados sois vós
Anunciai no meio de todos povos
Os justos viverão eternamente
493
782
399
870
780
239
207
775

BIOGRAFIA (continuação)

A semente de frutos tão prolíficos foi a Regra dos Mosteiros que redigiu S. Bento nas solidões de Subiaco para os 12 mosteiros que ali nasceram à sua volta. Em cada mosteiro colocou 12 monges e um abade, querendo, por assim dizer, reproduzir o colégio dos 12 apóstolos sob a direção de Cristo. Nobres romanos, tais Équício e Tertúlia, entregaram-lhe os filhos — Santo Amaro e S. Plácido — a quem dedicaria sempre terno e profundo carinho.

Já indicámos o milagre que S. Bento realizou, levando Amaro a salvar Plácido de morrer afogado. S. Bento atribuiu o prodígio à obediência de Amaro. Este, por sua vez, à ordem do abade, pois ele nem sequer notara ter pisado a água. Plácido interveio dizendo que, enquanto caminhava pelo rio, via o manto do Padre Bento debaixo dos pés e pare-ia-lhe que era o manto que o arrastava para a margem Assim, observa Bossuet, recordando o milagre, a obediência dá graça para cumprir o que se manda e dá o mandato para que seja eficaz a obediência.

Passara já S. Bento 20 anos de suores nas imediações de Subiaco, quando se viu forçado a abandonar aquele berço da sua infância espiritual, devido às intrigas maquinadas contra ele por clérigos invejosos. Desterrou-se voluntariamente, por amor da paz. seguindo os caminhos de Deus. No meio da planície da Campânia ergue-se a montanha de Cassino; para lá sobe o santo e lá funda o mosteiro que será berço e centro da Ordem Beneditina. Em vez do templo de Apolo e Júpiter, levanta outro em honra de S. Martinho e S. João. A graça de Deus acompanha-o e dá-lhe o triunfo sobre todas as dificuldades que lhe vêm ao encontro.

Gregório pinta-nos S. Bento como imagem da perfeita justiça: «Estava cheio do espírito de todos os justos». Por isso tinha à sua livre disposição o poder e a sabedoria de Deus. Penetrava no futuro e mudava as forças da natureza.

O mesmo Santo explica ao diácono Pedro porque fez S. Bento tantos milagres: «Porque admirar que tivesse o poder divino quem estava iniciado nas intimidades divinas? E como não havia de conhecer os segredos da Divindade, uma vez que observava os seus mandamentos? Pois está escrito: “Quem se une ao Senhor, constitui com Ele um só espírito” (1 Cor 6, 17). E parece impossível, quem é um mesmo espírito com outro, deixar de conhecer os seus pensamentos».

O mesmo S. Gregório nos conta um facto que revela a sabedoria divina de S. Bento: «A janela invocava a Deus todo-poderoso e, de repente, no meio das trevas viu uma luz que descia do céu e desfazia a noite. Era mais brilhante que o dia mais claro. Nesta visão passou-se uma coisa admirável, porque, segundo ele contava, o mundo inteiro apresentou-se-lhe aos olhos condensado num raio de sol».

Se alguém perguntava a S. Gregório como podia o homem ver o mundo inteiro num só olhar, respondia-lhe o Santo Doutor: «Para uma alma que vê o Criador, toda a criatura é pequeníssima. Diante da luz divina, o que não é Deus torna-se insignificante; pois — como a claridade da visão interior da alma se dilata e eleva dessa maneira em Deus, que chega a ser superior ao universo — vendo na sua elevação o que fica a seus pés compreende a pequenez do que antes não podia abarcar».

Com esta luz, que lhe vinha da união íntima com Deus, explicam-se a sublimidade da regra de S. Bento e a sua influência perene na vida de perfeição da Igreja. A regra de S. Bento, obra de carácter legislativo ainda em vigor passados 1400 anos, é fruto dum espírito romano versado em leis, com talento prático e organizador, mas sobretudo dum santo intimamente unido a Deus.

Inspirado na Sagrada Escritura, nas obras do Santos Padres e Doutores da Igreja, e sobretudo na Regra de S. Basílio, fez uma adaptação pessoal, uma síntese maravilhosamente acomodada ao espírito ocidental. É a Regra da vida cenobítica, quer dizer, vida em comum, e não eremítica, para se adquirir a perfeição do Evangelho.

Dois são os gonzos nos quais gira toda a vida comum para S. Bento: a obediência e o trabalho. A primeira exige do súbdito muita fé e muita humildade; do superior, muita caridade e muita prudência. O trabalho há de ser espiritual e manual: trabalho interior da alma que se santifica com a oração, a meditação e os louvores divinos; trabalho exterior literário ou manual, que obriga rigorosamente o monge. Bossuet chamava à Regra de S. Bento «Suma do cristianismo, resumo douto e misterioso de toda a doutrina do Evangelho, das instituições dos Santos Padres, de todos os conselhos de perfeição, na qual atingem o seu mais alto apogeu a prudência e a simplicidade, a humildade e o valor, a severidade, a doçura, liberdade e dependência, na qual a correção encontra toda a firmeza, a condescendência todo o encanto, a voz de comando todo o vigor, a sujeição todo o repoiso, o silêncio a sua gravidade, a palavra a sua graça, a força o seu exercício e a debilidade o seu apoio»

Bento morreu pelo ano de 547. Alma pura que, para vencer as seduções da carne, se lançou, nos anos do seu vigor corporal, sobre espinhos, voou para o seu Criador depois de para si abrir o sepulcro, seis dias antes da morte. Fez que o levassem à igreja, recebeu os Sacramentos e, encostado aos discípulos, morreu para viver eternamente no céu e na terra.

Pio XII chamou-lhe pai da Europa; e desta mesma o constituiu Paulo VI patrono, ou Padroeiro, em 1964.

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