S. Barnabé, Apóstolo

11 de junho de 2025

Paulo chama constantemente a S. Barnabé apóstolo, designação que a liturgia lhe conservou. S. Barnabé recebeu na verdade um chamamento especial para a evangelização nos primeiros anos da Igreja. O próprio Deus, pela boca de S. Lucas, no-lo apresenta como homem bom, cheio de fé e do Espírito.

Era judeu da tribo de Levi, que nascera em Chipre, mas vivia em Jerusalém por altura da primeira pregação apostólica, e tinha lá família muito próxima, como a mãe de S. Marcos. Depressa se abriu à graça cristã com ardor e generosidade. Possuía um campo em Jerusalém, vendeu-o e o dinheiro pô-lo nas mãos dos Apóstolos.

O seu nome era José, mas os Apóstolos chamavam-no pelo sobrenome de Bárnaba ou Barnabé, que significa filho da consolação. S. João Crisóstomo julga que aludiam assim à bondade e simpatia do seu carácter. 

 

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Programa

Cânticos

Autor

Cântico de Entrada

A. Oliveira

Salmo responsorial

A. Oliveira

Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano B – 152.153; 149-151; – 250-252

Pós-comunhão

A. Oliveira

Observação

Para o Ordinário da Missa aconselham-se os cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL],
publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019):

  1. Acto penitencial – números 11-26
  2. Glória – números 27-31
  3. Aleluia – números 44-57
  4. Santo – números 89-97
  5. Cordeiro de Deus – números 114-123.

Breves notas biográficas

Pelo fervor religioso, pelos bons dotes de pregador, S. Barnabé ocupa lugar desta­cado na Igreja de Jerusalém. Introduz Saulo no meio dessa comunidade, quando todos desconfiavam do antigo perseguidor. Segundo alguns, Barnabé e Saulo tinham-se conhe­cido na escola de Gamaliel.

Saulo retira-se depois para a sua pátria, Tarso. Entretanto, chegam a Jerusalém notícias sobre o fervor da comunidade cristã de Antioquia e sobre o número grande de gentios que abraçam a fé. Os anciãos resolveram enviar um homem de confiança para dirigir aquele movimento. O eleito foi S. Barnabé. Para lá se dirigiu; não tardou que notasse precisar dum colaborador. E lembrou-se do seu amigo Saulo, retirado na Cilicia. Apresentou-se em Tarso e voltou com Paulo a Antioquia.

Um ano se passou de extraordinários resultados, que lhes faz pensar na evangeli­zação do mundo inteiro. A voz do Espírito diz aos anciãos de Antioquia: «Separai-me Saulo e Barnabé para a obra a que os destinei».

Era a eleição especialíssima de Paulo e Barnabé como apóstolos da gentilidade. Jejuou-se e orou-se entre os cristãos; os presbíteros impuseram-lhes as mãos e os dois eleitos ficaram submetidos ao sopro do Espírito Santo. Juntou-se-lhes João Marcos, so­brinho de Barnabé; e dirigiram-se diretamente a Chipre. Desembarcaram em Salamina e começaram logo a pregação: «nas sinagogas dos Judeus».

Instruíam e batizavam, quando lhes chegou uma mensagem do governador da ilha para que se apresentassem em Pafos, centro político e religioso. O procônsul rece­beu-os otimamente. Era romano de nobre linhagem e espírito elevado, que se chamava Sérgio Paulo. Foi a conversão mais ilustre dos missionários. Desde então, Saulo chamar­-se-á Paulo, talvez como recordação e por respeito a este ilustre convertido.

De Chipre dirigiram-se para a Ásia Menor e desembarcaram na costa da Panifia, para evangelizar toda a parte Sul da província romana da Ásia. Em Antioquia da Pisídia houve muitas conversões, até ao ponto de os judeus se alarmarem e os obrigarem a partir.

Seguiram por Icónio, Derbe e Listra, cidades da Licaónia. Em Listra curaram um coxo e a gente começou a aclamá-los como deuses. De Paulo diziam que era Mercúrio e de Barnabé, pela maior estatura e aspeto de majestade, que era Júpiter, o pai dos deuses. Quiseram adorá-los e oferecer-lhes sacrifícios, até que por fim eles conseguiram convencê­-los de que eram homens mortais como a outra gente.

O primeiro fervor mudou-se depois em terrível perseguição e lapidação, que os obrigou a retroceder e a voltar à Síria.

De Antioquia subiram a Jerusalém e tomaram parte nas deliberações do primeiro concílio apostólico, entre os anos de 49 e 50. Todos louvaram publicamente o zelo dos dois missionários, «os amadíssimos Barnabé e Paulo, que expuseram as vidas pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo».

Quando se dispunham a empreender a segunda viagem apostólica, surgiu um inci­dente humano que separou os dois companheiros definitivamente. Barnabé quis que os acompanhasse o seu sobrinho Marcos, mas Paulo opôs-se, porque os tinha abandonado na primeira viagem. «Paulo, mais severo, diz S. Jerónimo, Barnabé, mais clemente. Cada um insiste no seu parecer. Seja como for, a discussão algo tem da humana fragilidade».

Não se entenderam e Barnabé dirigiu-se para Chipre com Marcos; Paulo foi para a Ásia Menor.

A última parte da vida de S. Barnabé fica na penumbra. O que é certo é que teve de continuar a influir em muitas Igrejas, mesmo afastadas. Em fins do século I, um cristão de Alexandria publicava um comentário de textos bíblicos que a tradição conhece como Epístola de S. Barnabé. Os Coríntios também o conheciam e S. Paulo diz-lhes que tinha permanecido como celibatário. Uma tradição antiga supõe que morreu em Chipre, em cuja capital, Salamina, se encontrou, pelo ano de 488, o seu sagrado corpo.

A glória de S. Barnabé está em ter descoberto o mérito extraordinário de S. Paulo e tê-lo apresentado à Igreja Mãe de Jerusalém. Só por isto, merece a veneração e o reco­nhecimento de todos os cristãos.

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In: «Santos de cada dia – Maio, junho, julho e agosto», Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 180-181).

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