S. Pio X, Papa
21 agosto
Foi Papa desde 4 de Agosto de 1903 até 20 de Agosto de 1914. Chamava-se José Melchior Sarro e nasceu em Riese, norte de Itália, em Junho de 1835. Aluno do seminário de Pádua, recebeu a ordenação sacerdotal em 1858. Foi coadjutor e depois pároco; em 1867 subiu a arcipreste e em 1875 a cónego de Treviso e diretor espiritual do seminário; em 1879 era vigário-geral da diocese. Em 1884 aceitou, por obediência, o bispado de Mântua, tendo já em 1880 recusado o de Treviso. Em 1893 foi elevado ao cardinalato e três dias mais tarde transferido para Veneza.
Foi eleito papa por 55 votos no máximo possível de 60. O programa do seu pontificado sintetizou-o assim: restaurar todas as coisas em Cristo, querendo significar que a principal atividade do novo Papa se dirigiria para a vida interna da Igreja. Foi grande reformador, talvez o maior desde há três séculos. Em 1903 legislou sobre música sacra;
em 1904 nomeou a comissão reformadora do Direito Canónico; em 1905 promulgou o decreto sobre a comunhão frequente e em 1910 sobre a comunhão das crianças; em 1907 atualizou o processo matrimonial com o decreto Ne témere, ano em que tomou várias providências de natureza pastoral sobre a instrução religiosa dos fiéis e os estudos nos seminários. Criou, em 1909, o Instituto Bíblico, anexo à Universidade Gregoriana. Em 1908 reorganizou as Congregações Romanas e em 1911, entre outras providências litúrgicas, ordenou a reforma do Breviário.
De mais ampla repercussão foi a luta em defesa da ortodoxia. Em 1907, o Decreto Lamentabili, em forma de proposições, condenou os erros bíblicos e dogmáticos extraídos dos livros modernistas. Dois meses mais tarde, a encíclica Pascendi fez a condenação explícita do modernismo dogmático. Em 1910 condenou também o sillonismo, tipo de modernismo de carácter social, movimento bem intencionado, mas propenso a misturar o sobrenatural com o temporal.
Assim começa a breve biografia de S. Pio X publicada no II volume da obra «Santos de cada dia – Maio, junho, julho e agosto», publicada pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 436-437). Transcrevemos abaixo, com a devida vénia, a parte restante.
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Cânticos
Autor
Observação
Para o Ordinário da Missa aconselham-se os cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL],
publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019):
- Acto penitencial – números 11-26
- Glória – números 27-31
- Aleluia – números 44-57
- Santo – números 89-97
- Cordeiro de Deus – números 114-123.
Oração Universal – Guiai-nos, Senhor, no caminho da vida [N.º 95]
[Continuação da Biografia]
No domínio das questões político-religiosas, deu soluções que naturalmente não ultrapassaram a mentalidade do seu tempo, como sucedeu a respeito da França, de Portugal (1911) e da Itália, a propósito da Questão Romana.
Foi canonizado a 29 de Maio de 1954. Eis as conclusões a que nos leva uma biografia sobre ele escrita, publicada há cerca de 40 anos:
1.º – Pio X não era só atraente para quantos viviam na sua intimidade; ainda agora o é para os que leem a sua vida. Encanta-nos aquele equilíbrio são, aquela superioridade universal, aquele otimismo alegre, aquela santidade em que a firmeza, a humildade e a caridade se fusionam numa admirável harmonia.
2.° – Pio X é modelo de santidade extremamente moderna. A nossa época sabe discernir melhor o que, na santidade, é essencial do que é simplesmente acessório. Sabe que a santidade não consiste nos carismas, mas na entrega total de si mesmo a Deus, no decorrer das ocupações mais comuns. A simplicidade é o que mais agrada aos nossos contemporâneos. Ora, é essa uma das características de Pio X. Nele, nada de êxtases, como em Santa Teresa de Ávila; nada de rigorosas macerações, como as dum Santo Cura d’Ars; silêncio completo acerca da sua vida interior. Vemos, sim, que ele era de um fervor angelical; mas não nos assinalam o indício de fenómenos préter-naturais…
O que nele é admirável, é o espírito sobrenatural; não são tanto as acções heróicas, como o ardor do amor para com Deus que fez dele um santo. Neste particular, S. Pio X é imitável; o amor está ao alcance de todos.
3.° – Naturalmente, é exemplo especial para o clero. Facto talvez único na história da Igreja: Pio X foi modelar em todos os graus do clero: ele foi seminarista, foi coadjutor numa freguesia, foi pároco, arcipreste, cónego, diretor de seminário, Bispo, Patriarca, Cardeal, Papa. Pois em todos estes cargos, praticou a virtude em grau heroico.
4.° Moderno, Pio X não o é somente pela forma da sua santidade; é-o também pela sua ação no domínio intelectual. Será erro pensar que a nossa época nos faz recordar um pouco o ano de 1900? Então, Pio X condenou o modernismo; no campo social, opôs-se terminantemente ao «sillon». E o remédio apontado, a garantia infalível de salvação, ontem como hoje, consiste na luz que do alto do Vaticano irradia por todo o mundo.
5.° – Pio X foi moderno pelo seu espírito empreendedor e de reforma. Digam o que disserem os seus adversários, o Santo Pontífice não foi, de forma alguma, inimigo do progresso. Muito pelo contrário: foi um reformador, no verdadeiro sentido da palavra, e em todos os campos da Igreja: no Direito Canónico, em várias secções importantes da vida litúrgica (canto religioso, breviário, etc.) e sacramental (comunhão das crianças, comunhão frequente, comunhão aos doentes).
Mas, como guarda fiel do «Depósito da Fé», sentia-se igualmente ligado à Tradição autêntica do cristianismo. Mais: quase todas as suas reformas constituíram um regresso à Tradição; por vezes, às origens da Igreja (por ex., a comunhão às crianças e a comunhão quotidiana).
Pio X procedeu em tudo com toda a perfeição que as circunstâncias lhe permitiam. Procedeu como homem genial e como santo. Ficará, certamente, como um dos maiores Papas da Igreja.
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