Santa Mónica (Mãe de S. Agostinho)
27 de agosto
A história de Santa Mónica é o exemplo mais palpável de quanto pode uma mãe na educação dos filhos e de quanto deve a Igreja às mães cristãs. Santo Agostinho confessa que, depois de Deus, tudo deve a sua mãe. Por isso fala dela com tanto carinho e lágrimas, quando recorda a sua morte. «Não calarei o que me nasce da alma sobre aquela serva vossa que me deu à luz na sua carne para que nascesse para esta vida temporal, e em seu coração para a eterna».
Pode conhecer a narração desse «acompanhamento-persistência» de uma mãe apostada em «salvar» o próprio filho, que veio a ser Bispo e Doutor da Igreja, continuando a ler a breve biografia publicada no II volume da obra «Santos de cada dia – Maio, junho, julho e agosto», que, com a devida vénia, transcrevemos abaixo, ou na obra publicada pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 457-459).
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Programa
Cânticos
Autor
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA A-249-251
Observação
Para o Ordinário da Missa aconselham-se os cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL],
publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019):
- Acto penitencial – números 11-26
- Glória – números 27-31
- Aleluia – números 44-57
- Santo – números 89-97
- Cordeiro de Deus – números 114-123.
Oração Universal — Fazei-nos santos, Senhor, porque Vós sois santo [N.º 83]
Esta obra, que representa Santa Mónica, em êxtase, perto de Ostia Lido, é do pintor espanhol Manuel Peña Suárez e foi encomendada pelos frades do Convento de Santo Agostinho (Roma), como presente para o Papa Francisco, por ocasião da comemoração litúrgica de Santa Mónica, a 27 de agosto de 2022. Está decorada com os brasões do Papa e da Ordem de Santo Agostinho e foi oferecida pessoalmente ao Papa durante a Audiência Geral de 30.11.2022, na presença do próprio artista.
O estilo da pintura faz lembrar a arte sacra dos séculos XVI e XVIII, mas uma obra contemporânea: muitos artistas contemporâneos, especialmente no domínio religioso, inspiram-se na estética barroca ou renascentista para evocar a solenidade e a espiritualidade, manter a continuidade iconográfica com a tradição cristã, tornar a obra visualmente coerente com outras pinturas de igrejas e conventos antigos.
[Continuação da Nota Histórica sobre Santa Mónica]
Mónica deveu a sua educação cristã «não tanto à diligência da sua mãe, quanto à duma criada decrépita», que se ocupava das filhas dos seus senhores, como se fossem próprias. Educada com honestidade e temperança, casou-se por vontade dos pais com um gentio, chamado Patrício, que ela desde o princípio se esforçou por ganhar para Deus com as virtudes e bons costumes «com que se tornava formosa e reverentemente amável». Seu marido, como pagão, não reconhecia a lei da fidelidade conjugal. Mónica «de tal maneira suportou as suas infidelidades conjugais, que nunca teve com o marido a menor altercação; porque esperava que a vossa misericórdia viesse em ajuda dele, para, crendo em Vós, se tomar casto».
Tinha Patrício temperamento forte e muito iracundo, diz-nos seu filho Santo Agostinho. «Mas ela sabia não resistir ao marido irado, não já com obras mas nem mesmo com palavras. Depois de ele desafogar e sossegar, se o julgava oportuno dava-lhe explicação do seu proceder, no caso de ele se ter descomposto com alguma desconsideração».
O mesmo Santo Agostinho nos conta que havia muitas mães de família com maridos mais mansos, que apresentavam os rostos afeados com os sinais das violências que lhes imprimiam os seus esposos. Enquanto elas tomavam a culpa à vida desordenada dos maridos, Mónica atribuía-a à língua delas. Sabendo todas que feroz marido tinha ela de suportar, maravilhavam-se de nunca Patrício lhe ter batido e perguntavam-lhe familiarmente qual o segredo. Ela respondia-lhes que o seu segredo era calar e mostrar-se sempre submissa e sacrificada. As que seguiam esta norma matrimonial, depois de a experimentarem, davam-se os parabéns; as que não a seguiam, sofriam a sujeição e os maus tratos.
Mónica, com a sua paciência e silêncio, conseguiu ganhar o marido e até convertê-lo à fé em Cristo. Desde esse momento, já não teve de sofrer a infidelidade.
Tropeçou também Mónica com a sogra, suspicaz e avinagrada, e diz-nos Santo Agostinho que «de tal maneira a ganhou com atenções e perseverando em aguentá-la com mansidão», que a converteu na sua melhor panegirista e advogada.
Outra grande virtude lhe tinha concedido Deus: «que, entre quaisquer pessoas zangadas e discordes, se mostrava quanto podia tão pacificadora que ouvindo dum e doutro lado amaríssimas acusações… nada referia, duma parte à outra, senão o que podia servir para as reconciliar».
Com os pobres e transeuntes foi sempre caritativa e esmoler, «serva dos vossos servos».
A grande obra de Santa Mónica foi a conversão e mudança do seu filho Agostinho. Na África velou pelas companhias e mestres do filho, pelos seus costumes, por que se casasse honestamente. Quando soube que o filho projetava trasladar-se a Itália, resolveu embarcar com ele para continuar sendo o seu anjo da guarda. Mas Agostinho, a quem estorvava a companhia santificadora da mãe, conseguiu, enganando-a, fazer-se à vela.
«Naquela noite eu parti às escondidas, ela ficou orando e chorando. E que vos pedia com tantas lágrimas, Deus meu?» Chegou Agostinho a Roma e adoeceu, longe da mãe: «Não conhecia a minha mãe o meu perigo; mas ausente orava por mim; e Vós, em toda a parte presente, onde ela orava ouvíei-la, e onde eu estava Vos apiedáveis de mim para que recuperasse a saúde do corpo, embora o coração seguisse delirando com erro sacrílego».
De Roma trasladou-se Agostinho para Milão e aqui o encontrou a mãe: «Já a minha mãe, forte com a sua piedade, tinha vindo para o meu lado, seguindo-me por mar e por terra, confiando em Vós em todos os perigos; tanto que nas tempestades do mar esforçava até os marinheiros, fazendo votos por que chegasse com felicidade».
Em Milão teve Mónica um enorme gozo: o filho Agostinho tinha travado amizade com Santo Ambrósio, bispo da cidade. E redobrou desde então as suas lágrimas e orações, sendo constante na igreja. E o dia suspirado chegou por fim. Quando Santo Agostinho comunicou à mãe o propósito, não só de fazer-se católico, mas de consagrar-se totalmente ao serviço de Cristo no estado de castidade perfeita, a mãe não coube em si de gozo.
Concertos e atuações do Grupo Coral (mais de trinta), desde a sua fundação, em 2014.
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