
Cadeira de São Pedro [Festa]
22 de fevereiro de 2025
A Igreja celebra hoje a chamada “Cadeira de S. Pedro”. Cadeira significa assento de honra – com espaldar e até almofada – em que se punha quem tinha autoridade de juiz ou de mestre. Por isso, a cadeira por excelência é a do Bispo, juiz e ao mesmo tempo mestre; e chamam-se catedrais as igrejas onde se encontra a cadeira ou cátedra do magistério episcopal.
A igreja de S. Pedro em Roma poder-se-ia chamar a catedral das catedrais. Na verdade, aquela cadeira que se encontra em cada igreja episcopal é, em S. Pedro do Vaticano, símbolo dum magistério universal e está colocada na mais destacada evidência. Ao lado, na verdade vive de há séculos o Papa, embora tenha a Sé episcopal mais longe, em S. João de Latrão.
Entrando na basílica vaticana, logo se descobre no fundo, já de longe, aquilo que alguém chamou um deslumbrante ciclone dourado. Aproximando-se o visitante da ábside, fica surpreendido ao notar como aquele triunfo de anjos e aquele empolar-se de nuvens rasgadas pelas luzes radiantes vindas do Espírito Santo, representado em forma de pomba, são o glorioso enquadramento duma cadeira vazia, de bronze escuro, debruada de oiro.
Uma cadeira como que lançada ao ar, suspensa entre nuvens e levantada por anjos; cadeira sobre a qual ninguém se poderia sentar sem vertigens. Chama-se-lhe cátedra de S. Pedro e está no ponto extremo da majestade da nave central, pouco acima das figuras dos quatro doutores “máximos” da Igreja.
Esse troféu, de inflamado e rutilante estilo barroco, não podia ser concebido nem feito senão pelo imaginoso arquiteto e escultor Lourenço Bernini, que soube prodigalizar o seu gosto cenográfico à volta duma cadeira suspensa. O trabalho foi-lhe confiado pelo Papa Alexandre VII, em 1663, e custou ao artista quatro anos de canseiras.
Tratava-se de encerrar, dentro duma cadeira oca de novas formas, a antiga cátedra, de madeira encastrada de marfim, na qual a tradição pretendia ter-se sentado o próprio S. Pedro. Segundo os eruditas, porém, esta cátedra foi oferecida ao Papa João VIII por Carlos, o Calvo, rei de França (843-877). Já não é pequena glória que tenha servido a muitos sucessores de S. Pedro na cerimónia da eleição e nas maiores solenidades. Simboliza, como dissemos, o magistério supremo dos Papas, magistério infalível. É isto recordado e venerado pela festa de hoje.
JOSÉ LEITE, SJ (Organização de), “Santos de Cada Dia” I – Janeiro, Fevereiro, Março e Abril | 4ª edição revista e atualizada por António José Coelho, SJ, Editorial A.O. Braga 2003 – pág. 192-193.
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Os botões com os títulos dos cânticos propostos a seguir estão ligados às respetivas partituras – em formato PDF – que incluem uma versão instrumental das respetivas melodias. Para quaisquer dúvidas, comentários ou pedidos, não hesite em contactar o titular do site, utilizando este formulário.
Cânticos
Autor
Para o Ordinário da Missa aconselham-se os cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL], publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019):
Acto penitencial – 11 a 26
Glória – 27 a 31
Aclamação do Evangelho – 58 a 65
Santo – 89 a 97
Cordeiro de deus – 114 a 123
Oração Universal
150 |
64 |
16

Como curiosidade, mas também para apreciação e aprofundamento, eis as páginas do Missal Quotidiano e Vesperal publicado em Bruges (Bélgica, em 1936), referentes a este dia e toda a abrangente apresentação (resumo) do tempo depois de Pentecostes (exposição dogmática) – páginas 803-825 desse precioso Missal.
Concertos e atuações do Grupo Coral (mais de trinta), desde a sua fundação, em 2014.
Lista dos cânticos publicados neste site, por ordem alfabética e por tempos litúrgicos
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