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Assunção da Virgem Santa Maria

Agosto 15

A morte da Virgem Maria chama-se dormição, porque foi sonho de amor. Não foi triste nem dolorosa; foi o cumprimento dum desejo. Ela não tinha pecado e não tinha por que te

mer. Não era a morte para ela porta escura, por que tivesse forçosamente de passar, túnel estreito cuja saída se desconhece, mas sim arco de triunfo, janela florida a comuni­car com o Oriente, iluminada pela luz da aurora, pelos raios do sol eterno, do dia que não tem ocaso. Pomba mensageira que volta ao seu pombal, a Virgem entrava verdadeira­mente em sua casa. Num ósculo de amor entregava a alma ao Filho querido. Na terra tinha aberto os braços para conduzir Jesus Menino; agora, no umbral do céu, Jesus, Juiz, abre os seus para receber a Mãe.

Depois da Ascensão, a Virgem Santíssima aparece com os Apóstolos no Cenáculo. A tradição mais autorizada continua a falar-nos de Jerusalém como residência nos seus últimos anos de vida, A viagem para Éfeso não merece qualquer crédito, pois não apre­senta testemunhos em seu favor. Todos os Santos Padres, que insistem

nas glórias de Éfeso, calam que lá tenha vivido Maria. S. João, que a acompanhou como filho, figura entre as colunas da Igreja de Jerusalém até ao primeiro concílio apostólico do ano 48 ou 50.

A vida da Virgem Maria depois da Ascensão de Jesus não pôde, por outro lado, durar muito. A dor da mais atribulada das mães teve de deixar vestígios profundíssimos. Devia ela ter uns 50 anos quando Jesus foi para o céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu Esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egipto, os temores de Arquelau, a vida calada e laboriosa de Nazaré, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público, o ódio, a perseguição de escribas e fariseus, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e a própria soledade.


Pode continuar a ler esta medição sobre a Assunção de Nossa Senhora na obra «Santos de cada dia – Maio, junho, julho e agosto», Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 420-422).