Monumento a Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590), falecido em Viana do Castelo. canonizado pelo papa Francisco a 10 de novembro de 2019.
A obra, erigida em frente à Igreja de São Domingos é um trabalho do escultor vianense Manuel Rocha (1942-….) e foi inaugurado em novembro/2008 por ocasião do sétimo aniversário da beatificação de Frei Bartolomeu dos Mártires, pelo Papa João Paulo II.
Na base que suporta o monumento, uma série de pequenos painéis em alto relevo, em bronze, com episódios da sua vida. (agosto de 2022)

S. Bartolomeu dos Mártires, Bispo

18 de julho

Liturgia das Horas

Nota Histórica [Memória em Portugal]

Bartolomeu dos Mártires nasceu em Lisboa, na paróquia dos Mártires, em 1514. Ingressou na Ordem dos Pregadores, onde foi ordenado presbítero e, além de exercer o ministério sacerdotal, regeu a cátedra de Teologia; finalmente foi eleito bispo de Braga, onde exerceu com incansável diligência e eficácia uma intensa atividade apostólica:

Fomentou a evangelização do povo, para o qual preparou um catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais, e preocupou-se com a santidade e cultura do clero. Redigiu muitas e valiosas obras doutrinárias, entre as quais se salientam o notável tratado «Estímulo dos Pastores» e o «Compêndio de vida espiritual».

Participou no Concílio de Trento, com uma atuação que mereceu o elogio do papa e o aplauso dos seus pares, que o consideraram Luminar do Concilio. Em vista da execução das reformas tridentinas, efetuou um Sínodo Diocesano e um Concílio Provincial, e promoveu a fundação do Seminário, dito «conciliar», para conveniente formação dos sacerdotes.

Tendo renunciado ao Arcebispado, recolheu ao convento de Santa Cruz de Viana, construído por sua iniciativa, onde prosseguiu a vida austera de simples religioso, todo voltado para a oração, caridade e estudo, e aí faleceu em 16 de Julho de 1590.

Foi beatificado pelo papa são João Paulo II a 4 de Novembro de 2001 e canonizado pelo papa Francisco a 10 de novembro de 2019.

[FONTE]

Pode ler a Biografia de S. Bartolomeu dos Mártires diretamente AQUI, ou abrindo as páginas 341-343 do II volume da obra «Santos de cada dia – Maio, junho, julho e agosto», que abaixo transcrevemos, com a devida vénia. A obra foi publicada pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 .

No SITE https://www.liturgia.pt/, além de informações e materiais preciosos sobre a Liturgia Católica, incluindo publicações diversas, encontra também uma Agenda Litúrgica para cada dia do Ano Litúrgico — ver HOJE — e os textos das leituras deste dia.

Os botões dos cânticos propostos estão ligados às respetivas partituras – em PDF (Portable Document Format).
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Programa

Cânticos

Autor

Cântico de Entrada

A. Oliveira

Salmo responsorial

A. Oliveira

Pós-comunhão

C. Silva

Observação

Para o Ordinário da Missa aconselham-se os cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL],
publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019):

  1. Acto penitencial – números 11-26
  2. Glória – números 27-31
  3. Aleluia – números 44-57
  4. Santo – números 89-97
  5. Cordeiro de Deus – números 114-123.

Oração Universal

[153]

Biografia do Santo

Bartolomeu Fernandes dos Mártires nasceu em Lisboa, em maio de 1514. O apelido «Mártires» recorda a igreja de Santa Maria dos Mártires onde foi baptizado e substituiu o apelido «Vale» que usara em memória do avô.

Recebe o hábito dominicano a 11 de novembro de 1528, faz o noviciado no mosteiro de Lisboa, tendo concluído os estudos filosóficos e teológicos em 1538.

Bartolomeu revelou-se, desde o princípio, um religioso de extraordinária delicadeza espiritual, dedicando-se com todo o empenho a procurar a perfeição em todas as coisas, observando rigorosamente a Regra da Ordem e dedicando-se à oração fervorosa e prolongada.

Aplicou-se também com entusiasmo ao estudo das ciências sagradas, alcançando profundo saber e obtendo um lugar de destaque na renovação da teologia, da espiritualidade e da pastoral, movido pelo zelo da salvação das almas.

Ensinou nos conventos de Lisboa, «da Batalha» e Évora (1538-1557), passando a prior de Benfica, em Lisboa (1557-1558).

De todo este aturado labor intelectual, deixou escrita uma vasta obra: um Comentário à maior parte da Suma de S. Tomás, o Compêndio da Doutrina Espiritual para guia da alma nos caminhos da perfeição e outras de que falaremos à frente.

Apresentado pela rainha Catarina para suceder a D. Frei Baltazar Limpo, como Arcebispo de Braga, é confirmado nessa missão pelo Papa Paulo IV, por meio da bula «Gratiae divinae praemium», datada de Janeiro de 1559. Só aceitou o cargo por obediência ao seu provincial, Frei Luís de Granada.

Ordenado bispo a 3 de Setembro, na igreja de S. Domingos, em Lisboa, parte imediatamente para a sua arquidiocese, muito carecida da solicitude pastoral do novo prelado.

As leis e estatutos antiquados da Igreja, assim como os privilégios acumulados por instituições e pessoas particulares, dificultaram a acção de Frei Bartolomeu no exercício do seu múnus de pastor.

A sua atividade na vastíssima arquidiocese foi, desde o início, intensa e multifacetada. No desejo de melhorar as condições materiais e espirituais do povo, percorria pessoalmente de 4 em 4 anos as cerca de 1300 paróquias, em demorada visita pastoral, passando neste árduo ministério a maior parte do tempo. Para melhorar a evangelização do povo, compôs o Catecismo da doutrina cristã e práticas espirituais (com 15 edições).

Na sua ação caritativa, protegia viúvas, dotava órfãos, criava bolsas de estudos e acudia a todos os pobres e miseráveis, especialmente nos anos de carestia.

A solicitude pela cultura e santificação do clero leva-o a instituir aulas de Teologia moral, em vários locais da diocese, e a escrever cerca de 32 obras doutrinais. Merece particular relevo o Stimulus Pastorum, que há de ser distribuído aos Padres dos Concílios Vaticano I e II e já conhece a vigésima edição. Não se esqueceu Frei Bartolomeu dos aspectos materiais e procurou melhorar as condições dos párocos das freguesias, elevando-lhes as côngruas, para mais justa e facilmente fazer observar o decreto da residência desses párocos nas suas paróquias.

Em 1560 confiou aos Jesuítas os estudos públicos que se transformaram no Colégio de S. Paulo. Embora destinado à juventude em geral, este Colégio, dada a sua orientação vincadamente espiritual e moralizante, tornou-se um verdadeiro alfobre de vocações sacerdotais e religiosas. Mais tarde há de iniciar a construção do Seminário Conciliar no Campo da Vinha.

Quando Pio IV convocou o Concílio de Trento para «acabar com as heresias, extirpar o cisma e reformar a Igreja», D. Frei Bartolomeu partiu imediatamente, decidido a esforçar-se por alcançar do Concílio uma renovação eficaz da Igreja. Para isso, apresentou 268 petições, como síntese das interpelações de reforma para a Igreja.

A ação conciliar do Arcebispo foi notabilíssima, edificando todos os Padres conciliares, pelo seu zelo, saber, constância e modéstia. Na sua correspondência, alguns destes Padres tratam-no de «homem douto e de santíssima vida», «varão cheio de zelo e religiosíssimo prelado», anotando que era modesto e muito eloquente, a ponto de entusiasmar e comover a Assembleia pelo ideal da «santa obra» da Reforma.

Numa visita que fez a Roma, durante o Concílio, conquistou definitivamente para o ideal da Reforma o Papa, o futuro S. Carlos Borromeu e outros cardeais da Cúria Romana, aos quais falou da urgência e necessidade de uma profunda renovação na Igreja.

Regressou felicíssimo do Concílio, por trazer decretos que lhe permitiriam dedicar-se completamente e com eficácia ao seu múnus pastoral na igreja bracarense. Encontrou, porém, muitas e fortes resistências, por parte de instituições poderosas e pessoas influentes, tendo estas feito chegar até Roma os seus protestos.

Mas os sucessivos Papas, assim como o influente Carlos Borromeu, seus conhecidos e amigos do Concílio e empenhados também eles em fazer observar os decretos conciliares, depositaram toda a confiança em Frei Bartolomeu e apoiaram completamente a ação renovadora do Arcebispo. Para concretizar as Reformas Tridentinas realizou um Sínodo Diocesano, em 1564, e outro Provincial, em 1566.

Precocemente envelhecido, cansado e doente, no fim de 23 anos de atividade pastoral, alcançou do Papa Gregório XIII a resignação à mitra primacial de Braga e a 23 de Fevereiro de 1582 renuncia ao Arcebispado e recolhe-se ao convento dominicano de Santa Cruz, na cidade de Viana do Castelo, que ele próprio tinha fundado para promover os estudos eclesiásticos e a pregação e proteger a fé e a piedade dos fiéis mais afastados do centro da diocese.

Neste convento veio a falecer, a 16 de Julho de 1590, aclamado pelo povo como o Arcebispo santo, pai dos pobres e dos enfermos, como já era reconhecido durante a sua vida. O seu túmulo é venerado na antiga igreja dominicana de Viana do Castelo.

O demorado e rigoroso processo em ordem à canonização de Frei Bartolomeu, levou o Papa Gregório XVI a promulgar o decreto da heroicidade das virtudes do Servo de Deus, declarando-o Venerável, a 23 de Março de 1845. Foi beatificado por João Paulo II, a 4 de Novembro de 2001 e canonizado pelo papa Francisco a 10 de novembro de 2019.

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