Completada a obra de reconciliação dos homens com Deus, Jesus começa uma vida nova, junto do Pai. A sua peregrinação pela Terra atingiu assim o seu termo – termo que não é derrota e esquecimento, mas triunfo e glória. A Ascensão, último mistério da vida de Jesus, é a sua exaltação suprema, iniciada já com a Ressurreição; é a sua glorificação plena pelo Pai, que 0 constitui “Senhor”, centro da história do mundo e do homem. A exaltação e a glorificação de Jesus representam as primícias e até a causa da nossa própria glorificação. Desde a Ascensão o homem tem a certeza de que, tal qual é (corpo e alma), participará um dia desse modo de existência de Jesus.
A 1ª leitura é dos Atos dos Apóstolos. Depois da Ascensão, Jesus deixa de estar visivelmente presente num determinado lugar da Terra. No entanto, Ele permanece eternamente vivo, permanece sempre presente no meio de nós. Na Igreja, embora não 0 vejamos fisicamente, temos a possibilidade de viver com Cristo e com Cristo. Na Igreja, pelos seus Apóstolos, testemunhas da Ressurreição, anunciadores do perdão e da vida divina, portadores da força do Espírito, Jesus continua hoje a sua obra de salvação.
A 2ª leitura é da Epístola de São Paulo aos Efésios. Vivendo agora junto do Pai, Jesus não pertence ao passado nem está separado de nós. É d’Ele que jorra continuamente sobre o Corpo que é a Igreja a vida nova, recebida no Batismo, para desabrochar, em toda a sua força e beleza, no Céu.
O Evangelho é segundo São Marcos. A sua mensagem põe em relevo a missão evangelizadora da Igreja e dos cristãos. Esta missão evangelizadora é universal e não se limita ao povo judeu. É próprio de Marcos o efeito salvador da fé, conforme a resposta do homem ao Evangelho; tal como os sinais carismáticos da libertação que acompanharão o anúncio.