Quarto Domingo do Advento
22 de dezembro de 2024
Não há salvação para os homens senão em Jesus Cristo, pois Ele é o “Deus connosco”, anunciado pelos Profetas e prometido à Virgem Maria. Filho de Deus por natureza, assumiu a nossa condição humana e deu ao Pai a resposta duma filial obediência até á morte. E assim como Ele quis a colaboração de Maria e José, assim quer que o seu povo continue, no tempo e no espaço, a obra messiânica por Ele iniciada.
Na 1ª leitura, o profeta Miqueias anuncia o lugar do nascimento do Messias Salvador e descreve a sua missão. Será na cidade de Belém que dará à luz Aquela que será a Mãe do Salvador. Aí nascerá o futuro Rei, que não só trará a paz, mas Ele mesmo será a Paz.
A 2ª leitura, da Epístola aos Hebreus, ensina-nos que a entrada de Jesus no mundo está orientada para o drama Cruz e o triunfo da Páscoa. Desde o momento da sua entrada no mundo pela Encarnação, o Filho der Deus oferece ao Pai uma oblação divina e humana que santifica e salva. Ao assumir a nossa condição humana, aceita os desígnios de Deus sobre Ele e ensina-nos a viver a vida como realização quotidiana da vontade de Deus, na santificação interior, pela obediência e pelo amor.
As intervenções de Deus na História da Salvação são, por vezes, designadas como “visitas” do Senhor. A última intervenção de Deus, na Encarnação, como nos narra S. Lucas na 3ª leitura, foi à família do Precursor. Maria aparece intimamente unida a esta “visita” com Senhor ao seu povo. Ela é, na verdade a morada de Deus entre os homens, a nova Arca da Aliança. Em Maria concretiza-se, de algum modo, o encontro de Deus com a humanidade. Esta união continuará o prolongamento da “visita” do Senhor a todos os homens, que é a vida da Igreja.
Os comentários aqui publicados foram solicitados, para a página da Secção de Música Sacra do Santuário de Fátima, pelo P. Artur Oliveira ao P. Manuel da Silva Gaspar, a quem se agradece a resposta solícita e amável que deu a esse pedido.
Convidamos também a abrir o SITE https://www.liturgia.pt/ onde, além de informações e materiais preciosos, incluindo publicações diversas, encontra as leituras bíblicas, orações e referências históricas para cada dia do Ano Litúrgico, nomeadamente o Martirológio. HOJE
Os botões com os títulos dos cânticos propostos a seguir estão ligados às respetivas partituras – em formato PDF – que incluem uma versão instrumental das respetivas melodias. Para quaisquer dúvidas, comentários ou pedidos, não hesite em contactar o titular do site, utilizando este formulário.
Programa
Cânticos
Autores
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano C – págs. 20-25
Observação
Para o Ordinário da Missa aconselha-se o uso dos cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL], publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019), e do Ordinário da Missa (SNL):
1. Acto penitencial – 11 a 26
2. Glória – 27 a 31
3. Aclamação do Evangelho – 44 a 57
4. Santo – 89 a 97
5. Cordeiro de deus – 114 a 123
Proposta complementar de cânticos para este domingo baseada no Cantoral Nacional para a Liturgia (CNL)
Entrada |
Salmo Responsorial |
Comunhão |
Pós-Comunhão |
Derramai, ó Céus |
Desça o orvalho |
Senhor, cantarei eternamente |
Mostrai-nos, Senhor, o vosso rosto |
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano C |
A Virgem conceberá |
Eis que uma Virgem conceberá |
Feliz és Tu, porque acreditaste |
No fim dos tempos |
345 |
346 |
907 |
M. Luís |
20-25 |
162 |
393 |
477 |
643 |
A título de curiosidade, e também para conhecimento e apreciação, reproduzimos aqui as páginas do Missal Quotidiano e Vesperal, publicado em Bruges, na Bélgica, em 1936, referentes a esta quadra do Ano Litúrgico (ou, como então se dizia, do Ano Eclesiástico, da Igreja).
Conhecer o passado ajuda a situar-nos no presente e a perspetivar o futuro…
PREFÁCIO
Nas vossas orações, dizei: «Pae» (Luc. xi). É nome dado em toda a eternidade por Deus-Filho a seu Pae, nome pronunciado por Jesus, a todo instante, com respeito e amor, que Elle repete silenciosamente no Sacramento do altar, e que encontramos incessantemente nos labios da Egreja, sua Esposa.
«Recebestes o espirito de adopção de filhos, segundo o qual exclamamos: «Abba, Pater» (Rom. Viii, 16).
De facto, transbordando do Verbo na santa Humanidade do Christo e na Egreja, o Espirito-Santo nos arrebata a todos como em ondas de amor, até ao Pae.
Essa fonte d’agua viva que jorra dos nossos corações até á vida eterna, (S. Joan., iv, 14) representa sem duvida, a oração privada, inspirada pelo Espirito-Santo, fazendo-nos recorrer a Deus como filhos a seu Pae, mas é principalmente a oração oficial inspirada pelo Espirito Santo á sua Egreja e denominada Liturgia (Palavra derivada do Grego, significando «acto publico»).
Essa oração faz com que authenticamente todos os membros do corpo mystico do Christo participem do culto de adoração infinita prestado continuamente pelo seu Chefe a Deus: «Semper vivens ad interpellandum pro nobis » diz o Apostolo (Hebr. vii, 26).
E’ a realização da palavra do Mestre: «Já é chegada a hora em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pae em espirito e verdade » (Joan. iv, 23.-7), isto é, como explica Santo Anselmo, prestarão a Deus culto filial no Espirito-Santo e em união com o Christo Filho de Deus.
E’ por Elle (Jesus), diz S. Paulo, que ascendemos num só e mesmo Espirito junto ao Pae (Ephes. II, 18). Todas as formulas propriamente sacerdotaes ditas no altar pelo celebrante (Collectas, Secretas, Prefacio e Postconununhões) dirigem-se ao Pae pelo Filho mediador, em unidade com o Espirito-Santo. De modo que, sob o impulso da graça attribuida ao Espirito-Santo, nos unimos ao Christo como Homem, isto é, como Sacerdote ou Mediador, para honrarmos o Pae em quem implicitamente, se encontra a Santissima Trindade, visto d’Elle procederem o Filho e o Espirito-Santo.
E’ «pelo Christo que vamos a Deus» (II Cor.). Dahi a conclusão de todas as orações da Egreja: «Por Jesus-Christo Nosso-Senhor… e a terminação do Canon da Missa pela formula: «E’ por Elle, com Elle e n’Elle que toda honra e gloria vos pertencem, Deus Pae todo-poderoso, em unidade com o Espirito-Santo por todos os seculos dos seculos».
O Christo operou nossa redempção pelo acto sacrificai da Cruz,
Continuar a ler: [Anexo, p-5]
Pode encontrar outros cânticos no site
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