Terceiro Domingo do Advento
15 de dezembro de 2024
A alegria que perpassa através do Advento e que os textos litúrgicos deste domingo põem em relevo nasce desta certeza consoladora: Deus, após o pecado, não abandonou o homem, mas encarnou e tornou-Se presente na história humana e na existência de cada homem, abrindo assim um novo caminho à humanidade.
Esta alegria, por sabermos que Deus está próximo do homem com o nascimento do Salvador e que traz a todos, particularmente aos mais pobres e deserdados, a esperança da felicidade plena, serve ser a atitude fundamental do cristão. A alegria cristã não está dependente dos nossos estados de alma ou da maneira como corre a nossa vida. O cristão, mesmo no meio das contrariedades e da dureza da existência, mantém-se alegre, porque a sua alegria se enraíza na fidelidade de Deus, manifestada em Jesus Cristo.
A 1ª leitura, do profeta Sofonias, é um convite à alegria, dirigido pelo profeta a Jerusalém e que está fundamentado nesta certeza consoladora: Deus, o Rei de Israel e Salvador, está presente no meio do seu Povo, apesar das desordenas e pecados passados. Esta presença amorosa de Deus traz consigo o perdão, afasta o medo e o desalento e dá origem a uma renovação maravilhosa.
A 2ª leitura, de S. Paulo aos Filipenses, diz-nos que a religião cristã é religião de alegria e tem o seu fundamento no facto de Cristo continuar a viver no meio de nós, pondo-nos em comunhão com Deus e com os irmãos.
A 3ª leitura, de S. Lucas, é a pregação de João Baptista, que indica aos homens das mais diversas classes sociais qual a penitência agradável a Deus: o cumprimento dos seus deveres, em função do amor do próximo. Mas, da conversão, com o abandono do pecado, ninguém é excluído, pois todas as situações humanas se podem viver no amor.
Os comentários aqui publicados foram solicitados, para a página da Secção de Música Sacra do Santuário de Fátima, pelo P. Artur Oliveira ao P. Manuel da Silva Gaspar, a quem se agradece a resposta solícita e amável que deu a esse pedido.
Convidamos também a abrir o SITE https://www.liturgia.pt/ onde, além de informações e materiais preciosos, incluindo publicações diversas, encontra as leituras bíblicas, orações e referências históricas para cada dia do Ano Litúrgico, nomeadamente o Martirológio. HOJE
Os botões com os títulos dos cânticos propostos a seguir estão ligados às respetivas partituras – em formato PDF – que incluem uma versão instrumental das respetivas melodias. Para quaisquer dúvidas, comentários ou pedidos, não hesite em contactar o titular do site, utilizando este formulário.
Programa
Cânticos
Autores
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano C – págs. 15-19
Observação
Para o Ordinário da Missa aconselha-se o uso dos cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL], publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019), e do Ordinário da Missa (SNL):
1. Acto penitencial – 11 a 26
2. Glória – 27 a 31
3. Aclamação do Evangelho – 44 a 57
4. Santo – 89 a 97
5. Cordeiro de deus – 114 a 123
Proposta complementar de cânticos para este domingo com base apenas no Cantoral Nacional para a Liturgia (CNL)
Entrada |
Salmo responsorial |
Comunhão |
Pós-Comunhão |
Alegrai-vos no Senhor |
Alegra-te, Jerusalém |
Abri as portas ao Redentor |
Exultai de alegria–Povo do Senhor |
Povo do Senhor |
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano C |
Dizei ao desanimados |
Estai preparados |
Vinde a nós, Senhor Jesus |
O Senhor vem e não tardará |
Este é Aquele de quem João dizia |
187 |
193 |
169 |
SRC – 15.16 |
SRC – 17-19 |
18-20 |
374 |
427.428 |
998 |
747 |
429 |
A título de curiosidade, e também para conhecimento e apreciação, reproduzimos aqui as páginas do Missal Quotidiano e Vesperal, publicado em Bruges, na Bélgica, em 1936, referentes a esta quadra do Ano Litúrgico (ou, como então se dizia, do Ano Eclesiástico, da Igreja).
Conhecer o passado ajuda a situar-nos no presente e a perspetivar o futuro…
PREFÁCIO
Nas vossas orações, dizei: «Pae» (Luc. xi). É nome dado em toda a eternidade por Deus-Filho a seu Pae, nome pronunciado por Jesus, a todo instante, com respeito e amor, que Elle repete silenciosamente no Sacramento do altar, e que encontramos incessantemente nos labios da Egreja, sua Esposa.
«Recebestes o espirito de adopção de filhos, segundo o qual exclamamos: «Abba, Pater» (Rom. Viii, 16).
De facto, transbordando do Verbo na santa Humanidade do Christo e na Egreja, o Espirito-Santo nos arrebata a todos como em ondas de amor, até ao Pae.
Essa fonte d’agua viva que jorra dos nossos corações até á vida eterna, (S. Joan., iv, 14) representa sem duvida, a oração privada, inspirada pelo Espirito-Santo, fazendo-nos recorrer a Deus como filhos a seu Pae, mas é principalmente a oração oficial inspirada pelo Espirito Santo á sua Egreja e denominada Liturgia (Palavra derivada do Grego, significando «acto publico»).
Essa oração faz com que authenticamente todos os membros do corpo mystico do Christo participem do culto de adoração infinita prestado continuamente pelo seu Chefe a Deus: «Semper vivens ad interpellandum pro nobis » diz o Apostolo (Hebr. vii, 26).
E’ a realização da palavra do Mestre: «Já é chegada a hora em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pae em espirito e verdade » (Joan. iv, 23.-7), isto é, como explica Santo Anselmo, prestarão a Deus culto filial no Espirito-Santo e em união com o Christo Filho de Deus.
E’ por Elle (Jesus), diz S. Paulo, que ascendemos num só e mesmo Espirito junto ao Pae (Ephes. II, 18). Todas as formulas propriamente sacerdotaes ditas no altar pelo celebrante (Collectas, Secretas, Prefacio e Postconununhões) dirigem-se ao Pae pelo Filho mediador, em unidade com o Espirito-Santo. De modo que, sob o impulso da graça attribuida ao Espirito-Santo, nos unimos ao Christo como Homem, isto é, como Sacerdote ou Mediador, para honrarmos o Pae em quem implicitamente, se encontra a Santissima Trindade, visto d’Elle procederem o Filho e o Espirito-Santo.
E’ «pelo Christo que vamos a Deus» (II Cor.). Dahi a conclusão de todas as orações da Egreja: «Por Jesus-Christo Nosso-Senhor… e a terminação do Canon da Missa pela formula: «E’ por Elle, com Elle e n’Elle que toda honra e gloria vos pertencem, Deus Pae todo-poderoso, em unidade com o Espirito-Santo por todos os seculos dos seculos».
O Christo operou nossa redempção pelo acto sacrificai da Cruz,
Continuar a ler: [Anexo, p-5]
Pode encontrar outros cânticos no site
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