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S. João da Cruz, Presbítero e Doutor da Igreja (1542-1591)

Dezembro 14

Perto de Ávila, na Espanha, encontra-se Fontiveros. Lá nasceu João de Yepes, no ano de 1542. Os pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, Luís e João. Mas Luís morreu de poucos anos. Catarina pediu ajuda aos parentes do seu defunto marido, por terras toledanas. Mudou para Arévalo e depois para Medina del Campo.

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Pode ler aqui a parte restante da longa biografia deste Santo que se encontra publicada no III volume da obra «Santos de cada dia – Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro», publicado pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 398-402).

Recordemos brevemente as suas obras literárias. Valeram-lhe, em 1926, o título de doutor da Igreja. (Tinha sido canonizado em 1726).

As obras maiores são vários poemas, maravilhosos poemas, que o levantaram ao cume do lirismo em geral: poesia pura, simbólica e ardente, cujo mistério se mantém inexplicável, apesar da sua simplicidade humana e dos antecedentes literários, bíblicos e extrabíblicos, que pretendamos encontrar-lhes.

As obras que em prosa interpretam aqueles poemas são bem conhecidas: Subida do Monte Carmelo, Noite escura da alma (estas duas formam parte dum todo, que ficou afinal por terminar), Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itine­rário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens debaixo de todos os aspetos. «Nada, nada, nada… Nem isto nem aquilo…» […]

João da Cruz é o doutor místico por antonomásia, da Igreja, o representante prin­cipal da sua mística no mundo, a figura mais egrégia da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi tomado como patrono da rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava até muito longe.

Esteve em Portugal, em 1585, para presidir a um capítulo da sua Ordem. Bem alto se mostrou quando, em Lisboa, mesmo rogado e instado, se negou decididamente a visitar certa freira pseudo-estigmatizada, que alguns, com Fr. Luís de Granada, tinham por verdadeira santa. Pelos seus ditos breves e sentenciosos, também Santa Teresa lhe chamava o seu Senequita; e como a mesma Santa começou – com ele, dotado de pequena estatura, e com mais outro frade de maior talha – a reforma dos frades carmelitas, ela dizia que já tinha para ela «un fraile y medio». Mas como os reformadores não se medem aos palmos, os desígnios de Deus realizaram-se.

 

 

Detalhes

Data:
Dezembro 14
Site:
https://cantabo-cs.com/lith-mensal-dez24-2/#14dez24