VI Domingo da Páscoa

Neste 6º domingo, a Igreja começa a preparar-nos para a celebração do Pentecostes, chamando a nossa atenção para a promessa que Jesus faz aos discípulos de lhes enviar o Espírito Santo, o Espírito de verdade, que há-de prosseguir a obra por Ele realizada durante a sua vida terrena. Desse modo, não ficarão órfãos: através do Espírito Santo, que o Pai e Jesus lhes enviarão, Jesus continuará indefinidamente, “para sempre” com os seus discípulos. Mas não é apenas deles que se aproximará. A acção de Jesus alargar-se-á agora a dimensões universais, abrindo-se, mediante o Espírito, a toda a Igreja. Como os primeiros discípulos, temos também nós de nos preparar para o Pentecostes, a fim de recebermos o Espírito Santo, indispensável para a nossa vida cristã.
A 1ª leitura é do >Livro dos Actos dos Apóstolos. Em Jerusalém, no seu primeiro Concílio, a Igreja, assistida do Espírito Santo, reafirma a liberdade, que Cristo nos trouxe, ao decidir admitir no seu seio os convertidos do paganismo, sem terem de se sujeitar às prescrições da lei mosaica.
A 2ª leitura é do Livro do Apocalipse. A Igreja é a nova Jerusalém, alicerçada na fé dos Apóstolos, na qual se reunirão, chamados por Cristo Ressuscitado, os homens dos quatro cantos da Terra, para viverem em comunhão perfeita com Deus e com os irmãos. Mas a Igreja está ainda a caminhar, na humildade e na dor, ao longo dos séculos, na esperança de resplandecer de glória, quando chegar a plenitude dos tempos.
A 3ª leitura, do Evangelho, é de S. João. Jesus promete aos seus discípulos o Espírito Santo, que lhes fará compreender, perfeitamente, a sua mensagem, os ajudará a viver o Evangelho em todas as circunstâncias e os manterá em comunhão com Deus e com os irmãos. Esta promessa é para todos os que creem em Cristo. Por isso, seguros da presença do Espírito Santo, na Igreja e nas suas almas, os cristãos podem manter-se confiantes e alegres por maiores que sejam as dificuldades que a Igreja conheça, e eles com ela.