4 de agosto
João Maria foi o nome que o santo pároco de Ars recebeu quando foi baptizado, no dia 8 de Maio de 1786; vinte e um anos depois, ao ser confirmado, escolheu S. João Baptista como padroeiro adicional e passou a assinar-se João Maria Baptista ou João Baptista Maria Vianney.
Passou a infância numa época de vexames policiais e perseguições religiosas. Na casa do pai, em Dardilly, perto de Lião, o crucifixo e outros emblemas religiosos tinham sido retirados. O pequeno Vianney teve de ir fazer a primeira comunhão, às escondidas, na aldeia vizinha de Écully.
Guardava os rebanhos do pai e ajudava o irmão nos trabalhos do campo. Em Écully vivia um santo sacerdote, o Padre Bailey, que se encarregou de o instruir. Foi pelos 18 anos que aprendeu a ler e obteve do pai licença para se fazer sacerdote. Pouco depois, em 1809, Napoleão precisou de homens para a guerra de Espanha e João Maria foi chamado para o serviço militar. Mas caiu doente e, tendo sido declarado refractário, contra a sua vontade teve de ir esconder-se nas montanhas de Forez, no Loire; tinha de escapar à polícia. Esteve lá catorze meses, até que o Padre Bailey conseguiu que ele fosse admitido ao seminário. Mas, como nada lhe entrava na cabeça, foi mandado embora ao fim de dois anos. O Padre Bailey voltou a ensiná-lo e apresentou-o a um exame de repetição; mas ficou de novo mal. Passou o tempo, e o vigário geral, prescindindo do latim e da filosofia, que ele desconhecia, interrogou-o em francês no que pôde. Havia muita falta de padres na diocese de Lião e a virtude do candidato era evidentíssima. Decidiram-se então a ordená-lo sacerdote (13 de Agosto de 1815); tinha já 30 anos. Previa-se não lhe ser concedida jurisdição para ouvir confissões, pois era julgado incapaz de compreender o estado das almas e de as encaminhar pelo justo caminho. Foi mandado como coadjutor do Padre Bailey na referida paróquia de Écully. Mas o seu benfeitor morreu três anos mais tarde, legando-lhe os instrumentos de penitência. Algumas semanas depois, o Padre Vianney foi nomeado pároco de Ars, aldeia de 230 almas, onde tinham sido abolidas todas as práticas religiosas.
Este é o início da página dedicada ao «Santo Cura d’Ars» no II volume da obra «Santos de cada dia – Maio, junho, julho e agosto», que aqui transcrevemos com a devida vénia. Pode lê-la integralmente na obra publicada pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 390-391) – ou diretamente aqui.
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Programa
Cânticos
Autor
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano C – 195…232
Observação
Para o Ordinário da Missa aconselham-se os cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL],
publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019):
- Acto penitencial – números 11-26
- Glória – números 27-31
- Aleluia – números 44-57
- Santo – números 89-97
- Cordeiro de Deus – números 114-123.
Oração Universal – Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor [149]
Continuação da apresentação
Precisou de nada menos de 25 anos para transformar a paróquia. Ele não brilhava pela eloquência no púlpito, mas as suas prédicas eram muito fervorosas e equilibradas. E obteve completíssimo triunfo precisamente no campo que lhe tinham pensado vedar. Quando ele se sentava no confessionário, o Espírito de Deus iluminava-o. Lia o que se passava nos corações, muito para além das acusações que fazia cada pecador; restituía a fé àqueles que a tinham perdido, convertia os pecadores, e despedia toda a gente com boa consciência e paz. Ars depressa se tomou célebre. A partir de 1830, começaram a chegar, do resto da França e do estrangeiro, 100.000 peregrinos por ano. Para os atender, o pároco Vianney levantava-se à uma da manhã e passava diariamente de 12 a 18 horas no confessionário.
Acompanhava o trabalho aturadíssimo com muita penitência; açoitava-se longamente, dormia no chão duro e alimentava-se de batatas frias e pão seco. Teve de aguentar 35 anos os ataques violentos do demónio (1824-1858). Julgando-se incapaz, e para o clero ficar livre dum padre tão inferior à sua tarefa, tentou muitas vezes ir encerrar-se num mosteiro da Trapa «para lá chorar os seus pecados».
Um dia, ao despedir-se do Cura d’Ars, um poeta célebre disse-lhe maravilhas da santidade daquele varão apostólico: «Sr. Abade, nunca vi a Deus tão de perto». «Realmente Ele não está longe», respondeu o Santo, apontando-lhe para o Sacrário.
Era ali onde estava o segredo de tanta virtude e do poder com que ele subjugava as almas. Quando pregava, era ordinário vê-lo parar de repente e, de mãos postas, cravar os olhos no Sacrário, como a ouvir dos próprios lábios de Jesus o que devia dizer aos fiéis.
Sobreveio-lhe o fim em meio duma serenidade perfeita. Num sábado, 31 de Julho de 1859, recebeu, com as lágrimas nos olhos, o Viático e a Unção dos enfermos e, na quarta-feira seguinte, 4 de Agosto, exalou o último suspiro, com um sorriso nos lábios.
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