Santo Estêvão, Protomártir (+ entre 31 e 36)
Dezembro 26
Nos capítulos VI e VII dos Atos dos Apóstolos encontramos um longo relato sobre o martírio de Estêvão, um dos sete primeiros Diáconos nomeados e ordenados pelos Apóstolos. Eis a descrição, tirada desse livro: «Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados dos Libertos e dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da Ásia e começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Subornaram então alguns homens que disseram: “Ouvimo-lo proferir palavras blasfematórias contra Moisés e contra Deus”. E amotinaram o povo e os Anciãos e Escribas e apoderaram-se dele e conduziram-no ao Sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que disseram: “Este homem não cessa de proferir palavras contra o Lugar Santo e contra a Lei; pois, ouvimo-lo dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este Lugar e mudará os usos que Moisés nos legou”. E todos os que estavam sentados no Sinédrio, tendo fixado os olhares sobre ele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo».
Num longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, terminando com esta veemente apóstrofe: “Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, resistis sempre ao Espírito Santo, vós sois como os vossos pais. Qual dos profetas não perseguiram os vossos pais, e mataram os que prediziam a vinda do Justo que vós agora traístes e assassinastes? Vós que recebestes a Lei promulgada pelo ministério dos anjos e não a guardastes”.
Ao ouvirem estas palavras, exasperaram- se nos seus corações e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à direita de Deus e disse: “Vejo os céus abertos e o Filho do homem que está à direita de Deus”. E levantando um grande clamor, fecharam os olhos e; em conjunto, lançaram-se contra ele. E lançaram-no fora da cidade e apedrejaram-no. E as testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão que invocava Deus e dizia: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. Depois, tendo posto os joelhos em terra, gritou em voz alta: “Senhor, não lhes contes este pecado”. E dizendo isto, adormeceu».
Esta é a breve biografia deste Santo que aqui, com a devida vénia, transcrevemos integralmente, extraindo-a da pág. 441 do III volume da obra «Santos de cada dia – Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro», publicado pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003.
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