- Este evento já decorreu.
Santo António de Lisboa, Religioso, Doutor da Igreja (+ 1231)
Junho 13
Um dos santos que mais cativaram o coração e a estima do povo cristão foi Santo António. Chama-se-lhe, segundo a frase famosa de Leão XIII, «o santo de todo o mundo»; mas é conhecido, amado e invocado preferentemente pelo povo humilde, que vislumbrou nele o distribuidor dos tesouros celestiais e o protetor decidido dos interesses dos pobres. A história, principalmente a mais antiga biografia do Santo lisboeta ou paduano, conhecida pelo nome de Assídua, dá-nos em síntese um perfeito esboço do mesmo. […]
Em 1934 foi declarado padroeiro de Portugal, como já era considerado há muito. Com permanente presença honrosa na literatura e arte popular portuguesa, Santo António foi sempre o padrinho dos seus portugueses que, não tanto no título de igrejas paroquiais mas em muitíssimas capelas e muitíssimos altares, o veneraram sempre com a fé das suas almas e o esplendor dos seus festejos. Na oratória portuguesa, prestou-lhe grande homenagem o P. António Vieira, em nove dos seus geniais sermões. Nem faltaram também a honrá-lo igualmente a escultura, a pintura, a poesia, a música e o típico folclore português.
Costuma-se-lhe rezar o seguinte responso em verso:
Se milagres desejais
Recorrei a Santo António;
Vereis fugir o demónio
E as tentações infernais.
Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro, a morte;
O fraco torna-se forte
E torna-se o enfermo são.
Recupera-se o perdido
Rompe-se a dura prisão;
E, no auge do furacão,
Cede o mar embravecido.
Todos os males humanos
Se moderam, se retiram;
Digam-no os que viram;
Digam-no os Paduanos.
Estes são apenas dois excertos do capítulo sobre a Festa de Santo António de Lisboa (e de Pádua), extraídos do II volume da obra «Santos de cada dia – Maio, junho, julho e agosto», que aqui transcrevemos com a devida vénia. Pode ler integralmente a sua história na obra publicada pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 194-198).