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Santa Cecília, Virgem e Mártir
22/11/2023
Embora se trate da mesma pessoa, na prática fala-se de duas santas Cecílias: a da história e a da lenda.
A Cecília histórica é uma senhora romana que deu uma casa e um terreno aos cristãos dos primeiros séculos. A casa transformou-se em igreja que chamou-se mais tarde Santa Cecília in Trastevere; o terreno tomou-se o cemitério de S. Calisto, onde foi enterrada a doadora, perto da cripta fúnebre dos papas. Lá repousou, sem fazer falar de si, até ao século VI, quando os peregrinos começaram a perguntar quem era essa Cecília cujo túmulo e cuja inscrição se encontravam em tão honrosa companhia. Para lhes satisfazer a curiosidade foi então publicada uma Paixão, que deu origem à Cecília lendária; esta foi sem demora colocada na categoria das mártires mais ilustres. Segundo o relato da sua Paixão é uma jovem da mais alta nobreza que, desposada contra vontade, observa o voto de virgindade antes feito, e morre mártir três dias depois do casamento, depois de converter, neste pouco tempo, o marido, o cunhado, os algozes e outros 400 pagãos.
Ainda hoje está, na mencionada igreja do Trastévere, em Roma, estendido na uma de cipreste, o corpo decapitado de Santa Cecília, com a túnica que levou quando a transportavam para as catacumbas. Não sabemos sequer em que época viveu. Há quem afirme que foi contemporânea de Marco Aurélio, enquanto outros sustentam que foi vítima da perseguição de Diocleciano ou da de Julião Apóstata […]
Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: «Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro esposo». Estas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos.
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