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S. Paulo Míki, S. Pedro Baptista e companheiros mártires
06/02/2023
Destes, seis eram franciscanos: Pedro Baptista, Martinho de Aguirre, Francisco Blanco, Francisco de S. Miguel, Gonçalo Garcia e Filipe de Jesus: sacerdotes os três primeiros. Todos menos um eram espanhóis: Gonçalo Garcia era filho de pai português e de mãe indiana, nascido em Baçaim. Dezassete eram catequistas ou serviam nos ofícios divinos; destes, quase todos eram terceiros leigos de S. Francisco. Três eram jesuítas: Paulo Míki, João de Goto e Tiago Kisai. Estes jesuítas e os terceiros leigos eram naturais do Japão. […]
No ano de 1587, trinta e oito depois de S. Francisco Xavier semear o primeiro grão do Evangelho naquela gentilidade, andavam já por 200.000 os cristãos do Japão, entre os quais, reis, príncipes, generais, os primeiros senhores das cortes e a flor da nobreza.
Mas surgiu a grande perseguição. O imperador Taikosama, talvez o mais cruel dos tiranos que moveram guerra à Igreja, tendo resolvido exterminar o Cristianismo no seu Estado, começou por banir todos os missionários. Tanto os jesuítas como os outros religiosos que se encontravam naquele Império quiseram antes expor as próprias vidas do que abandonar aquela aflita cristandade. […]
Paulo Miki tinha sido batizado, com os pais, aos cinco anos, em 1568. Tendo mostrado grande inclinação para a virtude e vivo engenho, foi enviado para o Seminário de Ausukyama. Mal soube o catecismo, começou a ensiná-lo aos outros, obtendo conversões. Cedo pediu para ser recebido na Companhia de Jesus, por causa da devoção desta à Santíssima Virgem e do zelo apostólico que nela admirava. Admitido, mostrou sinais de extraordinário fervor. Concluído o noviciado e acabados os estudos, foi aplicado ao ministério da pregação, no qual ganhava os corações com admirável facilidade. Míki, em Osaka e Meako, fez o mesmo que tinha feito em Shimo: era raro que a um qualquer dos seus sermões se não seguisse alguma conversão sensacional, graças à ciência e à virtude, apesar da facilidade da oposição dos bonzos.
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Vai certamente querer ler uma biografia completa destes mártires. Os parágrafos aqui transcritos, com a devida vénia, fazem parte das três páginas que lhes são dedicadas na obra «Santos de cada dia – I (Janeiro, Fevereiro, Março, Abril)» (páginas 142-144), publicada pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003.