S. João, Apóstolo e Evangelista
Dezembro 27
Vinte anos teria, quando muito, ao ser chamado por Jesus. Foi, sem dúvida, o mais novo dos discípulos e mais novo do que o Mestre uma boa dúzia de anos.
Ribeirinho do lago de Tiberíades, nem o seu género de vida como pescador. nem aquela fogosidade juvenil que lhe mereceu o título de Boanerges (filho do trovão), partilhado com o seu irmão Tiago, o Maior; nem a sua atividade apostólica nos tempos heroicos da primitiva Igreja palestinense; nem a sua longevidade quase centenária, que supõe constituição corpórea vigorosa; nem a intrepidez com que defendeu – diante dos gnósticos, chamando-lhes «anticristos» – a verdadeira fé em Jesus Deus-homem; nem a densidade sublime da sua teologia e da sua mística, baseadas, no entanto, na realidade histórica: nada disso autoriza essa figura de jovenzinho brando – quase feminino, se não enfermiço – tantas vezes representada por uma arte iconográfica que parece ignorar os dados bíblicos. Se João foi «o discípulo que Jesus amava» e o mais jovem dos apóstolos, foi também o pescador robusto e vigoroso, o moço equilibrado e sereno que respeitosamente sabe manter-se em segundo lugar quando acompanha Pedro; o homem varonil a quem Jesus confia vitaliciamente a sua própria mãe como herança; o teólogo que, sem perder o contacto com a terra, sabe elevar-se a tais cumes teológicos, como nenhum outro escritor neotestamentário, nem sequer S. Paulo.
Continue a ler a biografia deste Apóstolo nas páginas 442-446 do III volume da obra «Santos de cada dia – Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro», publicado pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003.
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