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S. Jerónimo Emiliano, Confessor (1481-1537), Padroeiro dos órfãos
08/02/2022
No século XVI, quando era tão grande o perigo de os cristãos se paganizarem devido ao falso Renascimento, Deus interveio diretamente e multiplicou os santos e profetas, que falaram sobretudo com a linguagem do amor e da caridade. S. Camilo e S. Caetano levantam hospitais; S. José de Calasanz abre escolas para pobres; Santo Inácio abre colégios, universidades e uma casa de refúgio; S. Jerónimo Emiliano multiplica toda a espécie de beneficência, especialmente os asilos para órfãos.
A vida deste pai dos órfãos é metade sombra e metade luz. Vive cerca de 30 anos nas sombras da paixão. Nasce no palácio dos Emiliani de Veneza, no ano de 1481, e passa a juventude entre a ambição e o prazer do aristocrata do Renascimento, amigo de festas, jogador e duelista. Serve Veneza como governador e como militar. Aos 15 anos é soldado e aos 25 senador.
A desgraça abre-lhe, como a tantos outros, os olhos da alma e, na noite do abandono e da humilhação, levanta-os para o céu. Na guerra de Veneza com Luís XII, Jerónimo intervém muito ativamente. Tinha 28 anos. Sitiado na praça de Castelnuovo, resiste como herói. O governador abandona a praça aproveitando a noite e Emiliano coloca-se à frente da guarnição, até que a fortaleza se transforma num montão de ruínas. O resultado foi ser preso e metido num calaboiço. Neste as trevas dão-lhe luz e começa a meditar pela primeira vez no assunto transcendente da alma.
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Para continuar a ler:
José Leite, SJ (Organização de), “Santos de Cada Dia” I – Janeiro, Fevereiro, Março e Abril | 4ª edição revista e atualizada por António José Coelho, SJ, Editorial A.O. Braga 2003 – pág. 149-150.