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S. Francisco de Assis, fundador da Ordem dos Franciscanos – (c. 1881-1226)

Outubro 4

A chamada «Gruta de S. Bento», em Subiaco, tornou-se lugar de culto já a partir do séc. VI. Um dos frescos que lá se podem admirar representa S. Francisco de Assis, que visitou Subiaco, como peregrino, em 1223, acompanhando o cardeal Ugolino, futuro Papa Gregório IX. É considerado uma «verdadeira imagem» do fundador dos Franciscanos.

Nasceu em Assis, na Umbria, Itália, entre 1181 e 1182; deram-lhe o nome de João no batismo, mas uma circunstância casual – o facto de o pai se encontrar na França quando ele veio à luz – determinou que fosse sempre designado com o nome de Francis­co, quer dizer, Francês.

Não nasceu santo, pois até aos 25 anos viveu como um de tantos outros jovens: alegre, divertido e amigo de festas, tão esbanjador e pródigo que entre os parentes dizia­-se: mais parece um príncipe que o filho de Pedro Bernardone.

Não longe de Assis, havia uma igreja de S. Damião, que ameaça­va ruína. Francisco entrou para orar e ouviu a um Santo Cristo: «Francisco, vai e repara a minha igreja»…

A Porciúncula, uma ermida de Nossa Senhora, foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes…

Em 1215, em Roma, ouviu falar Inocêncio Ill sobre a letra Tau, como sinal de penitência e de nova vida. «Tau é a última letra do alfabeto grego e representa a forma da cruz, antes que se lhe pusesse o INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus).

Em 1217, visitou novamente Roma, a seguir a França, e em junho de 1219 embar­cou para o Oriente: Chipre, S. João de Acre e Egipto. Em Damieta, pregou o Evangelho na própria corte do Sultão. Voltou em 1220 a S. João de Acre, na costa da Síria, e peregri­nou até aos Lugares Santos, «tendo o coração cheio de ansioso respeito pela terra que tinha pisado o Divino Mestre».

Quando voltou a Itália, no Verão de 1220, encontrou a Fraternidade dividida…

Em 1224, no retiro do Monte Alverne, chegou à máxima união a Cristo Senhor com a impressão das cinco chagas no seu corpo…

Em S. Damião compôs o hino do Irmão Sol e a seguir retirou-se para morrer na Porciúncula. As sombras cobriam a planície, mas os cumes estavam iluminados pelo Sol, símbolo da fraqueza corporal de Francisco e da grandeza espiritual.

A 16 de Julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.

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Estas são algumas passagens retiradas da breve biografia do fundador da Ordem mendicante dos Frades Menores, que se pode ler integralmente no III volume da obra «Santos de cada dia – setembro – outubro – novembro – dezembro», publicada pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 122-124) e que aqui se transcrevem com a devida vénia.