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Dedicação das Basílicas de S. Pedro e S. Paulo
18/11/2023
Basílicas de S. Pedro – Desenho, litografia e figuras de Philippe Benoist (Genebra, 1813 – Paris, 1885) e de S. Paulo Extra-Muros – Desenho e litografia de Philippe Benoist, figuras de Adolphe-Jean-Baptiste Bayot, na obra «Roma – Grandezza e Splendore», de Paolo Emilio Trastulli, Newton Compton Editori, Roma 1987 – (páginas 113 e 119, respetivamente)
A morte de S. Pedro em Roma fixou para sempre a sede do seu império espiritual. Com o sangue de Pedro e de Paulo conseguiu Roma mais conquistas do que com todos os seus soldados e legionários. A que era mestra do erro, tornou-se discípula da verdade e resplandeceu em todo o orbe, como sol entre as estrelas. O fogo sagrado, que irradia calor e vida, recolhe-se junto do túmulo dos dois Apóstolos. Lá se ajoelha Roma, de lá olha para o mundo e lá se toma visível Cristo.
A liturgia de hoje chama-nos a Roma, ao túmulo dos dois Apóstolos, às Basílicas de S. Pedro e S. Paulo. Estão distantes entre si, mas une-as um mesmo espírito, uma mesma fé se respira nelas, um mesmo Cristo fala nas duas. […]
A liturgia das festas principais, como na Epifania, na Ascensão e no Pentecostes, realiza-se na Basílica de S. Pedro. O Papa, os presbíteros e diáconos romanos reúnem-se aí. O novo pontífice começa nela o seu pontificado e termina-o também, com a sua sepultura. O Papa, quando confirma, senta-se na mesma cátedra de madeira que, segundo uma tradição ultrapassada, S. Pedro usava, adornada e enriquecida com o melhor que souberam inspirar a arte e o génio da fé. Rodeada por Leão IV com uma muralha torreada, a Cidade Leonina surgiu no século IX como símbolo e fortaleza do túmulo do Pontificado Supremo. Até este século, o túmulo de S. Pedro devia estar visível; foi por motivo da invasão sarracena que se ocultou. […]
A história da Basílica de S. Paulo é paralela à de S. Pedro. Quando, em 410, Alarico I, rei dos Visigodos, saqueou a Cidade Eterna, mandou apregoar aos Romanos que seriam perdoados todos os que se refugiassem nas Basílicas dos Apóstolos. E sabe¬mos por S. Jerónimo que Marcela, com a sua discípula Principia, se refugiou em S. Paulo «buscando ou um asilo ou um sepulcro».
S. Gregório Magno diz-nos que, no seu tempo, as duas Basílicas eram famosas pelo número dos seus milagres e que os fiéis lhes tinham tal respeito e veneração, que não se atreviam quase a aproximar-se. João VIII rodeou, depois da invasão sarracena, com uma muralha torreada, a Basílica de S. Paulo.
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Leia a parte restante da página sobre a Dedicação das duas maiores Basílicas de Roma no III volume da obra «Santos de cada dia – Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro», publicado pelo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração – 4ª edição, revista e atualizada por António José Coelho, S.J., Editorial A.O., Braga 2003 (páginas 297-299).