Entre todas as doenças, a lepra era considerada pelos Judeus a que tornava o homem mais impuro, porque, destruindo-o em sua integridade e vitalidade física, era, por excelência, sinal do pecado e da sua gravidade. Como sinal do pecado, colocava o leproso fora da comunidade do povo de Deus. Assim, as curas da lepra, narradas nos Evangelhos tornam-se símbolo da libertação do pecado, sinal e prova do poder de Jesus. Jesus veio anunciar a libertação aos pobres e infelizes. Um dos primeiros milagres foi a cura dum leproso, integrando-o novamente na sua comunidade. Com este gesto, Ele realizou um sinal que tem por objetivo demonstrar como ninguém se deve sentir excluído da família dos filhos de Deus. Sob os diversos elementos da narrativa evangélica, percebe-se nitidamente o dinamismo da confissão-penitência, como se faz hoje na Igreja. A celebração da Penitência é um encontro com Jesus, que cura da lepra do pecado e introduz na comunidade eclesial.