Segundo Domingo do Advento
10 de dezembro de 2023
Transcrevo a seguinte oração, que nos dá o sentido da Liturgia deste domingo:
“Nós Te damos graças, Senhor, porque o clamor do Advento pelos novos céus e nova terra, em que habita a justiça, se expressa como uma esperança renovada e um otimismo libertador pelos lábios do profeta: “Consolai, consolai o meu povo!”. Uma voz grita: “Preparai no deserto um caminho para o Senhor”, porque a sua glória se revelará e todos os homens a verão. Faz-nos, Senhor, que o fermento do teu reino nos converta em homens e mulheres novos à medida de Jesus Cristo, para que sejamos fermento capaz de transformar, a partir de dentro, as estruturas familiares, laborais, políticas e económicas, possibilitando o nascimento do homem e mundo, novos”. (A PALAVRA DE CADA DOMINGO, de B. Caballero).
A 1.ª leitura é do profeta Isaías. 0 profeta convida os Israelitas exilados na Babi1ónia a prepararem-se para acolher o Senhor, que está a chegar para os libertar. A situação de escravatura em que se encontram está a terminar; Deus salvá-los-á, mas é necessário que também eles façam a sua parte, acolhendo esta libertação, atravessando o deserto e iniciando uma nova vida, numa nova terra.
A 2.ª leitura é da Segunda Epístola de S. Pedro. Diz-nos que, quando falamos da vinda do Senhor não devemos procurar a data do fim do mundo, mas preocupar-nos em estarmos preparados para acolher o Senhor, que vem para criar um mundo novo.
0 Evangelho é de S. Marcos, o evangelista deste Ano B. João Baptista apregoa nas margens do rio Jordão um batismo de conversão. A novidade que hoje se anuncia é a presença do Messias Jesus e do reinado de Deus que se inaugura na sua pessoa. É também uma feliz novidade, o batismo no Espírito e a criação do homem novo. Numa palavra, proclama-se a mudança e a revolução total, porque Cristo é a novidade radical, o homem novo que nos transforma, à sua imagem, em filhos de Deus e irmãos de todos os outros. Deus está presente entre nós e caminha ao nosso lado pelo deserto da história humana. A nós compete-nos preparar os seus caminhos pela conversão pessoal
Os comentários aqui publicados foram solicitados, para a página da Secção de Música Sacra do Santuário de Fátima, pelo P. Artur Oliveira ao P. Manuel da Silva Gaspar, a quem se agradece a resposta solícita e amável que deu a esse pedido.
Convidamos também a abrir o SITE https://www.liturgia.pt/ onde, além de informações e materiais preciosos, incluindo publicações diversas, encontra as leituras bíblicas, orações e referências históricas para cada dia do Ano Litúrgico, nomeadamente o Martirológio. HOJE
Os botões com os títulos dos cânticos propostos a seguir estão ligados às respetivas partituras – em formato PDF – que incluem uma versão instrumental das respetivas melodias. Para quaisquer dúvidas, comentários ou pedidos, não hesite em contactar o titular do site, utilizando este formulário.
Programa
Cânticos
Autor
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano B | págs. 14-17
Observação
Para o Ordinário da Missa aconselha-se o uso dos cânticos do Cantoral Nacional para a Liturgia [CNL], publicado pelo Secretariado Nacional de Liturgia (julho de 2019), e do Ordinário da Missa (SNL)
1. Acto penitencial – 11 a 26
2. Glória – 27 a 31
3. Aleluia – 44 a 57
4. Santo – 89 a 97
5. Cordeiro de deus – 114 a 123
Oração Universal
Vinde, Senhor, Jesus |
Ouvi-nos, Senhor |
Vinde, Senhor, e salvai-nos |
COM 180 |
COM 179 |
36 [p. 5] |
Proposta complementar de cânticos para este domingo com base apenas no Cantoral Nacional para a Liturgia (CNL)
Entrada |
Salmo Responsorial |
Comunhão |
Pós-Comunhão |
Povo de Sião |
Jesus Cristo, luz das nações |
Maranatha. Vinde Senhor Jesus |
Nos dias do Senhor |
Ver ainda: LIVRO DO SALMISTA Ano B |
Levanta-te, Jerusalém |
Levanta-te, Jerusalém |
Senhor, descei a nós |
Preparai os caminhos do Senhor |
Vinde, Senhor, vinde salvar-nos |
818 |
557 |
603.604 |
650 |
págs. 13-15 |
579 |
580 |
909 |
824,825 |
1011 |
A título de curiosidade, e também para conhecimento e apreciação, reproduzimos aqui as páginas do Missal Quotidiano e Vesperal, publicado em Bruges, na Bélgica, em 1936, referentes a esta quadra do Ano Litúrgico (ou, como então se dizia, do Ano Eclesiástico, da Igreja).
Conhecer o passado ajuda a situar-nos no presente e a perspetivar o futuro…
PREFÁCIO
Nas vossas orações, dizei: «Pae» (Luc. xi). É nome dado em toda a eternidade por Deus-Filho a seu Pae, nome pronunciado por Jesus, a todo instante, com respeito e amor, que Elle repete silenciosamente no Sacramento do altar, e que encontramos incessantemente nos labios da Egreja, sua Esposa.
«Recebestes o espirito de adopção de filhos, segundo o qual exclamamos: «Abba, Pater» (Rom. Viii, 16).
De facto, transbordando do Verbo na santa Humanidade do Christo e na Egreja, o Espirito-Santo nos arrebata a todos como em ondas de amor, até ao Pae.
Essa fonte d’agua viva que jorra dos nossos corações até á vida eterna, (S. Joan., iv, 14) representa sem duvida, a oração privada, inspirada pelo Espirito-Santo, fazendo-nos recorrer a Deus como filhos a seu Pae, mas é principalmente a oração oficial inspirada pelo Espirito Santo á sua Egreja e denominada Liturgia (Palavra derivada do Grego, significando «acto publico»).
Essa oração faz com que authenticamente todos os membros do corpo mystico do Christo participem do culto de adoração infinita prestado continuamente pelo seu Chefe a Deus: «Semper vivens ad interpellandum pro nobis » diz o Apostolo (Hebr. vii, 26).
E’ a realização da palavra do Mestre: «Já é chegada a hora em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pae em espirito e verdade » (Joan. iv, 23.-7), isto é, como explica Santo Anselmo, prestarão a Deus culto filial no Espirito-Santo e em união com o Christo Filho de Deus.
E’ por Elle (Jesus), diz S. Paulo, que ascendemos num só e mesmo Espirito junto ao Pae (Ephes. II, 18). Todas as formulas propriamente sacerdotaes ditas no altar pelo celebrante (Collectas, Secretas, Prefacio e Postconununhões) dirigem-se ao Pae pelo Filho mediador, em unidade com o Espirito-Santo. De modo que, sob o impulso da graça attribuida ao Espirito-Santo, nos unimos ao Christo como Homem, isto é, como Sacerdote ou Mediador, para honrarmos o Pae em quem implicitamente, se encontra a Santissima Trindade, visto d’Elle procederem o Filho e o Espirito-Santo.
E’ «pelo Christo que vamos a Deus» (II Cor.). Dahi a conclusão de todas as orações da Egreja: «Por Jesus-Christo Nosso-Senhor… e a terminação do Canon da Missa pela formula: «E’ por Elle, com Elle e n’Elle que toda honra e gloria vos pertencem, Deus Pae todo-poderoso, em unidade com o Espirito-Santo por todos os seculos dos seculos».
O Christo operou nossa redempção pelo acto sacrificai da Cruz,
Continuar a ler: [Anexo, p-5)
Concertos e atuações do Grupo Coral (mais de trinta), desde a sua fundação, em 2014.
Lista dos cânticos publicados neste site, por ordem alfabética e por tempos litúrgicos
Pode encontrar outros cânticos no site