I Leitura – «Estabelecerei inimizade entre a tua descendência e a descendência dela» – Anuncia-se nesta leitura a luta entre a descendência da serpente e a descendência da mulher. Estamos, evidentemente, em presença de uma imagem poética, muito bela, que faz continuidade com toda a cena da tentação que dominou o par humano desde o início, imagem através da qual se anuncia um grande mistério de salvação. De facto, nesta luta anuncia-se, em última análise, a vitória da descendência da mulher, que é Jesus Cristo, o Vencedor de Satanás, sobre o Inimigo, o Tentador, vitória que o Senhor vai proclame na terceira leitura.
II Leitura – «Acreditamos; por isso falamos» – Tem sido dura a experiência do Apóstolo; e o desmoronar da vida terrestre, que, dia a dia, vai sentindo, poderia abalar a segurança até de um homem de virtude. Mas ele encontra toda a sua firmeza no Senhor e pode assim lançar um olhar de otimismo sobre tudo o que o rodeia apenas apoiado na fé em Cristo ressuscitado, esperança e garantia da renovação de todas as coisas passageiras desta vida.
Evangelho – «Satanás está perdido» – Em resposta à incredulidade até dos seus parentes e à cegueira blasfema dos escribas, Jesus proclama a ruína do reino de Satanás, denuncia o pecado contra o Espírito Santo dos que persistem em não querer ver o reino de Deus presente no meio de si e apresenta os ouvintes que acolhem com fé a sua palavra como os membros de sua verdadeira, família, os que fazem a vontade de Deus.
(Comentários e ilustração extraídos do «Missal Popular Dominical – Domingos, Solenidades e Festas do Senhor”, 8ª edição, Secretariado Nacional da Liturgia, Fátima, 2015)