Faz hoje 78 anos!
Em plena Segunda Guerra Mundial, tudo racionado, tudo dado ao manifesto, simples alqueires de cereal ou almudes de azeite, fome e racionamento qb, umas passitas para matar a fome, umas sopitas magras engroladas com satisfação para aguentar o cabedal, trabalho duro e prolongado, 6 da manhã em casa do patrão para um copo de vinho branco com uma passita, até mesmo rente à noite… um casal teve um filho no início de 43.
Baptizar? Claro!
Mas…uma luta interna (Alburitel-Fontainhas) não permitia passagem fácil para Seiça, paróquia-mãe). Alburitel já era freguesia civil, aguardando erecção canónica em paróquia (veio em 46). Mas havia outros lugares pretendentes ao mesmo. Daí a dissenção.
Há que procurar solução e subterfúgio: 14 a 14 é um mês (último dia duma concessão canónica para baptizar sem cóima). Há que ir, fazendas abaixo, com o trapo bem enrolado e o cachopo bem embrulhado, para não levantar suspeitas.
Assim foi: “Eu te baptizo…” – disse o P. Cunha… Chamava-se Artur.
O resto não sei. Deus seja louvado!